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Política & Poder

Impeachment de Dilma foi injusto e não há pedalada maior que a atual, diz Alckmin

A atual candidato a vice na chapa de Lula (PT), Alckmin (PSB), disse que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi “injusto”

Redação Jornal de Brasília

29/09/2022 12h07

Atualizada 03/12/2022 9h16

Foto: Reprodução/Agência Brasil

O ex-governador de São Paulo e atual candidato a vice-presidente na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB), disse que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi “injusto”, mas refutou a classificação do processo como “golpe”. “Você não pode dizer que foi golpe porque quem presidiu (o processo) foi o Supremo Tribunal Federal Acho que foi injusto porque na realidade Dilma é uma pessoa honesta e correta”, afirmou Alckmin nesta quinta-feira em sabatina realizada pela Folha e UOL. Ele acrescentou que sempre gostou da ex-presidente – e que sempre tiveram bom relacionamento.

Alckmin disse que desde o início não viu com “bons olhos” o impeachment de Dilma. “Nunca fui favorável ao impeachment, embora tenha votado pelo impeachment do ex-presidente Fernando Collor. Quando começou impeachment de Dilma, não vi com bons olhos e tive várias conversas com direção partidária e também houve dúvida jurídica sobre pedalada fiscal”, afirmou. Ele disse que não há maior pedalada que a atual com déficit primário de 10% do PIB, não pagamento da dívida e gastos acima da arrecadação. “Devemos ter cautela com impeachment e talvez aperfeiçoar a legislação. Sou favorável ao instrumento, mas devemos aperfeiçoá-lo a fim do governo ter governabilidade”, apontou.

Sobre os casos de corrupção do Partido dos Trabalhadores e a operação Lava Jato contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Alckmin afirmou que o ex-presidente foi absolvido na 2ª Vara do Distrito Federal e anulação do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal. “Não podemos criminalizar a política e não se partidarizar o sistema jurídico. Acho que (prisão de) Lula foi feita para tirar o ex-presidente Lula da eleição de 2018, o que se comprovou depois que vimos que não havia competência para o processo estar em Curitiba e houve parcialidade. Ele foi injustiçado”, afirmou. “Não achei correto (Sérgio) Moro, tendo sido juiz da causa que Lula foi tirado da eleição, aceitar ser ministro de quem ganhou”, observou.

Estadão Conteúdo

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