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Política & Poder

Governo adia análises dos vetos para quarta-feira

O presidente do Senado se reuniu inicialmente com senadores e depois levou o apelo de adiamento para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ)

Redação Jornal de Brasília

04/03/2020 5h28

A conclusão da análise dos vetos presidenciais foi adiada para quarta-feira, 4, às 14h. “Em uma hora não dá para analisar um texto encaminhado pelo Executivo sobre a regulamentação do orçamento impositivo”, disse presidente do Senado, Davi Alcolumbre durante a sessão. O presidente do Senado se reuniu inicialmente com senadores e depois levou o apelo de adiamento para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), disse que as emendas indicadas pelo relator-geral do Orçamento, Domingos Neto (PSD-CE), somente serão liberadas após o governo garantir o pagamento das despesas para custeio da máquina pública. Há expectativa de um acordo que ponha fim a uma queda de braço entre o Planalto e o Congresso.

O Congresso quer o Orçamento impositivo. Agora, os critérios e as regras de execução serão definidas pelo governo”, afirmou Bezerra após o Palácio do Planalto enviar três novas propostas para o Congresso.

O Estadão/Broadcast apurou que, pela proposta, dos R$ 30 bilhões inicialmente previstos como emendas de relator, metade serão “devolvidos” ao Executivo, que ficará responsável por definir como e onde irá investir.

O presidente Jair Bolsonaro conversou na segunda-feira, 2, com o Alcolumbre sobre a tensão entre o governo e o Legislativo. Bolsonaro avisou, porém, que não poderia abrir mão do controle do Orçamento. As emendas representam uma fatia de R$ 30,1 bilhões, disputada com afinco em um ano de eleições municipais.

Alcolumbre chegou a pôr na mesa a insatisfação com o apoio a manifestações contra o Congresso, previstas para o próximo dia 15. Na semana passada, o próprio Bolsonaro compartilhou um vídeo por WhatsApp, convocando para atos em defesa do seu governo. Movimentos de direita nas redes sociais aproveitaram o gesto do presidente para reforçar palavras de ordem contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Estadão Conteúdo

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