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Política & Poder

Dias afirma que Davati não enviou carta de representação da Astrazeneca

A falta do documento impediu que as tratativas prosseguissem, declara o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde

Willian Matos

07/07/2021 11h21

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Em depoimento à CPI da Pandemia nesta quarta-feira (7), o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias deu sua versão sobre as denúncias de que teria pedido propina para comprar doses da vacina Astrazeneca. Dias afirmou que os ofertantes não apresentaram os documentos necessários, sobretudo uma carta de representação da fabricante.

Na semana passada, o empresário Luiz Paulo Dominguetti, que se diz representante de uma empresa chamada Davati Medical Supply, alegou que ofereceu ao Ministério da Saúde 400 milhões de doses da vacina Astrazeneca a pronta-entrega. Dominguetti acusou Roberto Dias de pedir propina para fechar o negócio.

Ao oferecer as doses, Dominguetti disse que representava o CEO da Davati, Cristiano Alberto. Roberto Dias, hoje, disse que entrou em contato com Cristiano pedindo mais informações. “Então, ele me manda um conjunto de documentos que, na verdade, não fazem sentido e não atendem o princípio básico, que é a carta de representação do fabricante”, afirmou.

De acordo com a versão de Roberto Dias, a proposta não andou devido à não apresentação de uma carta de representação da Astrazeneca. “Essa iniciativa fica pelo caminho”, afirma o ex-diretor de Logística.

Roberto Dias afirmou ainda que, antes de Dominguetti tentar contato com o Ministério da Saúde, a Davati se apresentava como Latin Air Support. A Davati surgiu apenas no dia 26 de fevereiro, um dia após um jantar em Brasília onde Dominguetti ofereceu as vacinas a Dias.

“Picareta”

Para Roberto Dias, Dominguetti se mostrou um “picareta”. “Estou sendo acusado sem provas por dois cidadãos: o senhor Dominguetti, que, aqui nessa CPI, foi constatado ser um picareta que tentava aplicar golpes em prefeituras e no Ministério da Saúde e durante sua audiência deu mais uma prova de sua identidade mostrando não ser merecedor de nenhum crédito por parte desta casa”, disparou. A outra pessoa que Dias cita é o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF).

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