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Política & Poder

Roberto Dias rebate acusações de Dominguetti: “Picareta”

Ex-servidor do Ministério também faz críticas e insinuações a Luis Miranda

Willian Matos

07/07/2021 10h18

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias presta depoimento à CPI da Pandemia nesta quarta-feira (7). Em discurso inicial, Dias negou ter negociado aquisição e pedido propina para compra de vacinas contra a covid-19.

Na semana passada, o empresário Luiz Paulo Dominguetti, que se diz representante de uma empresa chamada Davati, disse que ofereceu ao Ministério da Saúde 400 milhões de doses da vacina Astrazeneca. Dominguetti acusou Roberto Dias de pedir propina para fechar o negócio.

Nesta quarta (7), Dias se defendeu e relembrou reunião que teve com Dominguetti no Ministério. “Chegando ao Ministério, o senhor Dominguetti foi atendido por mim na presença de outra servidora. Os documentos se mostraram mais do mesmo, não havia a carta de representação do fabricante. Entretanto, o mesmo alegou que a receberia em instantes. Eu disse, então, que possuía outra agenda, mas que, se ele quisesse aguardar, ficasse à vontade na sala ao lado. Tempos depois, o mesmo se despediu, disse que teria que ir embora e nunca mais tive notícias, como diversos outros ofertantes de vacina”, relatou.

Roberto Dias disse que o depoimento de Dominguetti na semana passada mostra que o empresário não seria confiável. “Estou sendo acusado sem provas por dois cidadãos: o senhor Dominguetti, que, aqui nessa CPI, foi constatado ser um picareta que tentava aplicar golpes em prefeituras e no Ministério da Saúde e durante sua audiência deu mais uma prova de sua identidade mostrando não ser merecedor de nenhum crédito por parte desta casa”, disparou. A outra pessoa que Dias cita é o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF).

Quanto a Luis Miranda, Roberto Dias ressalta o áudio que Dominguetti mostrou na CPI em que o deputado tentava negociar um produto. Segundo o próprio Miranda, tratava-se de luvas, e não de vacinas como Dominguetti tentou insinuar. Dias, no entanto, apontou que o deputado havia dito que não possuía negócios no ramo da saúde, tendo, assim, mentido em algumas das versões.

Depois, Dias disse que vem sendo “vítimas de ataques contra a honra e integridade por duas pessoas desqualificadas” e insinuou que Luis Miranda estaria tentando prejudicá-lo. “Teria eu atrapalhado algum negócio do ilustre deputado?”, indagou.

“Confesso que neguei um pedido de cargo para o seu irmão servidor e por um momento imaginei que pudesse ser uma retaliação e confesso que sempre achei desproporcional demais. Mas, agora, o que se deslumbra é a possibilidade de ter ocorrido uma frustração no campo econômico também”, cravou Roberto Dias.

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