Menu
Política & Poder

CPI: Miranda explica cronologia de contratação da Covaxin

Luís Ricardo mostrou diversas mensagens em que era pressionado para agilizar os processos de importação

Geovanna Bispo

25/06/2021 17h07

Foto: Agência Senado

O ex-chefe de Importação do Departamento de Logística em Saúde, do Ministério da Saúde, Luís Ricardo Fernandes Miranda, em depoimento a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), apresentou material em que explica cronologia da contratação do imunizante indiano Covaxin e a pressão sofrida.

-16/03/2021: Em março, a Precisa Medicamentos solicita o início do processo de importação;

-18/03/2021: Setor de importação recebe os primeiros documentos, como a primeira nota sobre informações da farmacêutica Bharat Biotech, produtora da vacina. Os documentos também mostravam que os termos de pagamento as empresas eram 100% antecipados e, erroneamente, apenas 300 mil doses;

Nos documentos, era solicitado que o dinheiro fosse repassado para outra empresa, a Madison Biotech. Tanto a Precisa quanto a Madison são do mesmo sócio Francisco Emerson Maximiano, porém a segunda é internacional.

-19/03/2021: O coordenador de logística da Saúde, Coronel Marcelo Bento Pires, encaminha por mensagem para Luís Ricardo dois contatos, o representante e sócio da Principia Medicamentos, Francisco Emerson Maximiano, e um coordenador da Bharat Biotech, pedindo para que ele entrasse em contato para agilizar importação de vacinas.

-22/03/2021: A empresa explica o erro no número de doses, mas não o altera. O documento não é da Precisa ou da Bharat Biotech, mas da Madison.

-23/03/2021: A empresa apresenta correção do número de doses, conforme o contrato. Não foi Luís quem assinou a licença, mas uma mulher chamada de Ana Regina, apesar de o servidor ser o responsável por autorizar esse tipo de procedimento. O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que a comissão precisa convocar a servidora para depor.

-24/03/2021: Solicitação de pedido de excepcionalidade de importação à Anvisa, que foi negado no dia 30 por falta de certificado de boas práticas.

Além desses, Luís Ricardo mostrou diversas mensagens e contatos feitos entre as entregas de documentos em que era pressionado para agilizar os processos de importação da vacina, entre elas do empresário Francisco Maximiano.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado