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Política & Poder

CPI aprova depoimento sigiloso de Witzel

Senadores também aprovaram que o TCU faça uma auditoria para explanar gastos de “motociata” com Bolsonaro

Willian Matos

23/06/2021 10h42

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A CPI da Pandemia aprovou nesta quarta-feira (23) um novo depoimento do governador cassado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. Desta vez, Witzel falará como testemunha, de forma reservada, em local a ser demarcado entre depoente e senadores.

O requerimento é de autoria do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Segundo Vieira, o primeiro depoimento de Witzel sinalizou que há fatos “gravíssimos” que só podem ser revelados em uma audiência reservada. “Não dar seguimento a isso significa tentar evitar a apuração de fatos potencialmente graves”, alertou o parlamentar. Otto Alencar (PSD-BA) reforçou, relembrando que Witzel confessou sofrer ameaças no Rio após ser cassado. “Ouvi-lo de forma sigilosa é fundamental.”

Os senadores Marcos Rogério (DEM-RO) e Jorginho Mello (PL-SC) questionaram o local do depoimento. Mello afirmou que Witzel tem de se dirigir ao senado para ser ouvido, e não o contrário.

No primeiro depoimento, Witzel fez duras acusações contra o presidente Jair Bolsonaro e também contra a atual gestão do Rio de Janeiro. Até que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) começou a interromper a sessão e, depois de algumas horas, o ex-governador decidiu se retirar no meio da sessão, assegurado de um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que lhe dava este direito.

Representantes de Google, Twitter e Facebook

Também nesta quarta (23), foi aprovada a convocação de representantes da Google e das redes sociais Twitter e Facebook. Eles devem falar sobre o porquê de não terem tirado do ar conteúdos divulgados pelo presidente Jair Bolsonaro que vão contra medidas sanitárias de combate à covid-19.

A comissão aprovou ainda, por 6 a 4, que o Tribunal de Contas da União (TCU) faça uma auditoria aos senadores sobre a “motociata” em São Paulo da qual participou o presidente Jair Bolsonaro. O pedido foi feito por Humberto Costa (PT-PE), que opinou que o evento foi um ato político não permitido. Ciro Nogueira (PP-PI) rebateu, afirmando que isso não tem a ver com a pandemia. Costa, então, finalizou relembrando que o passeio promoveu aglomerações.

O requerimento de quebra de sigilo fiscal e bancário de Thaís Amaral Moura, assessora especial da Secretaria de Governo da Presidência, será votado posteriormente, após sugestão do senador Ciro Nogueira (PP-PI).

A votação de requerimentos continua. Matéria em atualização

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