CAÍQUE ALENCAR
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu ao STF acesso aos depoimento dos ex-comandantes do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, e da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior.
Os advogados dizem que é “imperioso” que a defesa tenha acesso ao conteúdo das audiências. “Diante do significativo progresso nas investigações, notadamente com a obtenção de depoimentos cruciais ocorridos nas últimas duas semanas, requer-se a atualização dos autos com a juntada dos termos de declarações relativos às últimas oitivas realizadas”, afirma a defesa.
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DEPOIMENTO MELHOR QUE DELAÇÃO, DIZ MINISTRO
No STF, a avaliação é de que o depoimento de Freire Gomes complica Bolsonaro. Segundo o colunista do UOL Josias de Souza, um ministro da Suprema Corte disse que o ex-chefe do Exército relatou foi “é melhor e mais valioso do que uma delação, porque contém revelações de uma testemunha, não de um criminoso à procura de benefício judicial.”
Para esse ministro, o resultado da audiência “consolidou o quadro probatório”. O integrante do STF, que acompanha as investigações de perto, disse ainda que as informações prestadas por Freire Gomes deram “consistência” a provas que já eram “sólidas”.
Ex-chefe do Exército disse que Bolsonaro convocou reunião para discutir proposta golpista. Segundo a Folha de S.Paulo, o plano incluía uma minuta para reverter a eleição de Lula. Freire Gomes também teria citado o ex-presidente como o responsável pela manutenção dos acampamentos golpistas em Brasília.