Menu
Política & Poder

Bolsonaro cita teoria da conspiração e ironiza Lula por estar em lista sobre propaganda russa

O nome de Lula, porém, foi retirado da lista. Nesta quarta-feira, 27, ao se atualizar a página do centro de combate à desinformação

Redação Jornal de Brasília

27/07/2022 15h11

Foto: Adriano Machado/Reuters

O presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a Ucrânia ter inserido o petista em uma lista de pessoas que, segundo o governo ucraniano, promovem narrativas consonantes com a propaganda russa. “Quer dizer, o pessoal vai entendendo a realidade”, disse Bolsonaro sobre o caso.

“Não é por causa de tomar cerveja pra resolver os conflitos não, é outro problema. Acusa ele da NOM (Nova Ordem Mundial)”, disse Bolsonaro aos apoiadores na terça-feira, 26, em frente ao Palácio da Alvorada.

O nome de Lula, porém, foi retirado da lista. Nesta quarta-feira, 27, ao se atualizar a página do centro de combate à desinformação do Conselho Nacional de Segurança e Defesa, o petista não aparece mais entre as pessoas que supostamente estariam fazendo propaganda russa.

A “Nova Ordem Mundial” é uma teoria conspiratória a qual sugere que exista em curso um movimento para implantação de um governo mundial totalitário. Segundo o governo ucraniano, Lula teria dito que a Rússia deveria liderar o suposto movimento.

Na lista, Lula também era citado por ter dito, segundo o governo ucraniano, que Zelensky era o culpado pela guerra, assim como Putin. A informação é referente a uma declaração de Lula à revista Time em maio deste ano.

À época, a fala de Lula gerou reação da embaixada da Ucrânia no Brasil, a qual disse que Lula estava “mal informado” e que seria convidado para uma audiência com o encarregado de Negócios da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach.

A lista do governo ucraniano, até o dia 26 de julho, às 9h57, conforme consultado no site Wayback machine, que permite a visualização de versões anteriores de uma mesma página na internet, continha 75 nomes.

Ela inclui personalidades de diversos países, com maioria de americanos, a exemplo do jornalista Glenn Greenwald, também citado como “disseminador de propaganda russa”. Nesta quarta-feira, 27, o número de pessoas na lista diminuiu para 72. O nome de Gleen permanece no documento.

Novas críticas a STF e urnas eletrônicas

Além de reforçar a defesa de tratamentos sem comprovação científica e de reiterar que não se vacinou contra a covid-19, como recomendam especialistas, o presidente Jair Bolsonaro usou seu encontro com a classe médica no Conselho Federal de Medicina (CFM) – também nesta quarta-feira, 27 – para criticar mais uma vez o Supremo Tribunal Federal (STF) e as urnas eletrônicas.

“A vida nossa passa pelo Parlamento, passa pelo Executivo e passa por outros poderes também que estão legislando bastante nos últimos três anos”, declarou Bolsonaro no CFM.

A reunião não constava da agenda oficial do presidente, como orienta a legislação. “Tudo evolui, exceto as urnas das seções eleitorais, elas não precisam evoluir. Mas não vou tocar nesse assunto aqui”, disse o presidente.

“Eu não me vacinei, entendo que isso é liberdade, é democracia, é um direito meu e estou vivo até hoje”, acrescentou, em frente a médicos em Brasília. Bolsonaro foi aplaudido em pé após seu pronunciamento.

Estadão Conteúdo

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado