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Mundo

Rússia: reunião com Bolsonaro focará pontos de vista sobre agenda internacional

Por envolver questões globais altamente delicadas, o Itamaraty orientou o presidente a não tocar no assunto do conflito

Redação Jornal de Brasília

15/02/2022 10h36

O governo da Rússia emitiu nesta terça-feira, 15 para confirmar a reunião, para amanhã, dos presidentes Vladimir Putin e Jair Bolsonaro. De acordo com o comunicado, haverá “troca de pontos de vista” sobre questões da agenda internacional.

“Está prevista a consideração de questões de fortalecimento da parceria estratégica russo-brasileira, desenvolvimento de cooperação nos campos comercial, econômico, científico, técnico, cultural e humanitário, bem como a troca de pontos de vista sobre questões-chave da agenda internacional”, diz a nota do governo russo.

Bolsonaro chega a Moscou nesta terça-feira em meio à crise entre Rússia e Ucrânia. Por envolver questões globais altamente delicadas, o Itamaraty orientou o presidente a não tocar no assunto do conflito, salvo se provocado por Putin. Hoje, no entanto, o presidente anunciou no Twitter que já estaria em espaço aéreo russo e, na mesma postagem, compartilhou a notícia da retirada de parte das tropas russas da fronteira com a Ucrânia.

Otan

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou nesta terça-feira que a Rússia está dando a entender que deseja dialogar, o que gera um “otimismo prudente”, mas destacou que ainda não há sinais concretos de desescalada na fronteira com a Ucrânia.

“Acreditamos que há espaço para um otimismo prudente, há sinais da parte de Moscou sobre seu interesse em manter os esforços diplomáticos”, disse Stoltenberg, para quem a transferência de tropas russas da fronteira não representa uma desescalada real.

Desta maneira, o secretário-geral da Otan acrescentou que “até agora não vimos uma desescalada, nem vimos sinais de redução da presença militar da Rússia nas fronteiras da Ucrânia”.

“Vamos continuar monitorando e acompanhando de perto tudo que a Rússia está fazendo”, disse.

A decisão da Rússia de concentrar quase 100.000 soldados e equipamento bélico nas fronteiras do país com a Ucrânia, no fim de 2021, provocou muita preocupação sobre uma possível invasão do território ucraniano.

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