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Mundo

Presidente do Peru faz reforma ministerial e nomeia 2º premiê em menos de 2 semanas

O país andino segue mergulhado em instabilidade política após uma tentativa de golpe fracassada no último dia 7 por Pedro Castillo

FolhaPress

19/12/2022 20h18

Foto: Cris BOURONCLE / AFP

A presidente do Peru, Dina Boluarte, anunciou a troca de seu primeiro-ministro em uma reforma ministerial menos de duas semanas depois de tomar posse.

O país andino segue mergulhado em instabilidade política após uma tentativa de golpe fracassada no último dia 7 de dezembro pelo líder populista Pedro Castillo, que acabou deposto e preso.

Boluarte, sua vice, tomou posse no mesmo dia como a primeira mulher na Presidência do país. Desde então, ela vem enfrentando uma série de protestos violentos que já deixaram mais de 25 mortos em enfrentamentos com a polícia.

Na sexta-feira (16), os ministros da Educação e da Cultura, Patricia Correa e Jair Perez, já haviam renunciado aos cargos por causa das mortes de manifestantes.

Até a publicação deste texto, ainda não estava claro quem iria substituir Pedro Miguel Angulo Arana no cargo de primeiro-ministro. Boluarte sinalizou que buscaria alguém com perfil mais político a fim de facilitar as negociações com o Congresso, controlado pela oposição. “Iremos reformular o gabinete, talvez seja um gabinete mais técnico, mas talvez seja um gabinete um pouco mais político, que seja capaz de criar estas pontes para o diálogo”, disse Boluarte no domingo (18).

A presidente também afirmou que as trocas ministeriais seriam feitas até esta terça-feira (20). A incapacidade de Castillo de negociar com o Congresso foi a principal justificativa apresentada pelo líder populista ao pedir o fechamento do Legislativo e a convocação de novas eleições. O Congresso ignorou os pedidos do chefe do Executivo, vistos como inconstitucionais, e votou pela sua deposição.

O próprio Castillo chegou a fazer cinco trocas de gabinete nos 16 meses em que ocupou a Presidência, um sinal de suas dificuldades em governar. Castillo foi condenado a 18 meses de prisão preventiva sob as acusações de rebelião e conspiração.

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