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ONU pede que mundo não se esqueça da Ucrânia com proximidade do inverno

Um ano e meio depois da invasão, “18 milhões de pessoas, precisam de algum tipo de ajuda humanitária”, disse o dirigente humanitário

Redação Jornal de Brasília

31/10/2023 17h57

Foto: Angela Weiss / AFP

Um dirigente humanitário da ONU fez um apelo, nesta terça-feira (31), ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para que não “perca de vista” outras crises como a da Ucrânia, apesar da guerra entre Israel e o grupo islamista palestino Hamas, sobretudo com a proximidade do inverno.

“Embora grande parte da atenção internacional se concentre, com razão, nos graves acontecimentos do Oriente Médio, é importante não perder de vista outras crises, em particular uma tão brutal e de tanto alcance como a guerra da Ucrânia”, declarou Ramesh Rajasingham, em nome do chefe do Escritório Humanitário da ONU (OCHA), Martin Griffiths.

Este conflito “continua infligindo níveis inimagináveis de sofrimento”, insistiu, referindo-se ao “devastador balanço de ataques incessantes contra civis” e à destruição de infraestruturas-chave para o fornecimento de eletricidade, água e calefação.

“Isto é especialmente preocupante agora que o inverno se aproxima, com temperaturas que vão começar a cair abaixo dos -20ºC”, acrescentou.

Um ano e meio depois da invasão russa da Ucrânia, “18 milhões de pessoas, ou seja, 40% da população, precisam de algum tipo de ajuda humanitária”, disse.

Mas com a chegada do inverno, “as necessidades humanitárias vão aumentar”, insistiu, destacando que o plano de ajuda humanitária da ONU para 2023, estimado em 3,9 bilhões de dólares (R$ 19 bilhões, na cotação atual), conta com apenas US$ 2 bilhões (R$ 10 bilhões).

Ele se mostrou especialmente preocupado com o destino de “4 milhões de pessoas” em várias regiões do país, sob ocupação militar russa, onde “as necessidades são urgentes”, mas o acesso é limitado.

“Como temos reiterado, em virtude do direito internacional humanitário, todas as partes devem permitir e facilitar o acesso rápido e sem entraves da ajuda humanitária aos civis necessitados”, insistiu.

© Agence France-Presse

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