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ONU pede que ‘mulheres e meninas afegãs não sejam esquecidas’

A diretora da ONU Mulheres, Sima Bahous, denunciou a “construção meticulosa de políticas de desigualdade” por parte dos talibãs

Redação Jornal de Brasília

15/08/2022 15h58

Foto: AFP

O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) pediu, nesta segunda-feira (15), para que “mulheres e meninas afegãs não sejam esquecidas”, apesar de outras crises importantes que afetam o mundo.

O apelo foi feito um ano após os talibãs retornarem ao poder no Afeganistão.

“Enquanto o mundo enfrenta várias crises que se sobrepõem, não podemos esquecer as mulheres e meninas afegãs. Quando mulheres e crianças têm seus direitos básicos negados, todos nós somos afetados”, disse Natalia Kanem, diretora-executiva do UNFPA, ao denunciar a “deterioração contínua” dos direitos das mulheres, desde a educação até o acesso à saúde.

“Um ano depois que os talibãs retomaram o poder, o país se encontra em uma profunda crise econômica e humanitária. O aumento vertiginoso dos preços dos alimentos e da energia, agravado pela seca e a guerra na Ucrânia, deixou cerca de 95% da população e quase todos os lares dirigidos por mulheres sem o suficiente para comer”, acrescentou em nota.

Em outra declaração divulgada neste fim de semana, a diretora da agência ONU Mulheres, Sima Bahous, denunciou a “construção meticulosa de políticas de desigualdade” por parte dos talibãs.

“Devemos continuar dando voz às mulheres e crianças afegãs que lutam todos os dias pelo direito a viver em liberdade e com igualdade”, acrescentou.

“Sua luta é nossa luta. O que acontece às mulheres e meninas afegãs é responsabilidade do mundo”, destacou.

Os talibãs cantaram em Cabul nesta segunda-feira para celebrar o primeiro aniversário de seu retorno ao poder no Afeganistão, após um ano marcado por um forte retrocesso nos direitos das mulheres e uma profunda crise humanitária.

© Agence France-Presse

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