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Mundo

OMS fixa novos limites para poluentes atmosféricos

As novas diretrizes não são juridicamente vinculativas, mas fornecem aos países um quadro para melhor proteção das suas populações

Redação Jornal de Brasília

22/09/2021 15h34

Foto: Agência Brasil

A Organização Mundial da Saúde (OMS) fixou novos limites para os principais poluentes atmosféricos. Entre eles partículas transportadas pelo ar, que seriam responsáveis por 7 milhões de mortes prematuras por ano, principalmente em países mais pobres.

Sendo a primeira atualização pela organização desde 2005, ela é considerada mais rígida que a anterior. Por essa razão, a OMS baixou a quase totalidade dos limiares de referência que se referem sobretudo aos chamados poluentes clássicos, como o ozônio, o dióxido de nitrogênio, o dióxido de enxofre e o monóxido de carbono.

As novas diretrizes não são juridicamente vinculativas, mas fornecem aos países um quadro para melhor proteção das suas populações.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, exortou “todos os países e todos aqueles que lutam para proteger o ambiente a utilizá-las para reduzir o sofrimento e salvar vidas”, disse a AFP.

Pelo menos 7 milhões de mortes prematuras, principalmente por doenças não transmissíveis, são atribuídas aos efeitos conjuntos da poluição do ar atmosférico e da poluição do ar interior, de acordo com a OMS.

“A poluição do ar é uma ameaça à saúde em todos os países, mas afeta sobretudo as populações dos países mais pobres”, afirmou o diretor-geral da OMS, acrescentando que esses países são cada vez mais confrontados com níveis crescentes de poluição atmosférica, alimentada pelo crescimento das cidades e o desenvolvimento econômico baseado no uso de combustíveis fósseis.

Para o diretor regional da OMS para a Europa, Hans Henri Kluge, “o ar puro deve ser um direito humano fundamental e uma condição necessária à saúde e produtividade das sociedades”.

Com as alterações climáticas, a poluição do ar é, de acordo com o organismo das Nações Unidas, uma das principais ameaças ambientais para a saúde.

Entre as crianças, por exemplo, a poluição atmosférica pode comprometer o desenvolvimento dos pulmões, limitar a função pulmonar, provocar infecções respiratórias e agravar a asma. Já entre os adultos, as cardiopatias isquêmicas e os acidentes vasculares cerebrais são as causas mais frequentes de mortes prematuras atribuídas à poluição atmosférica.

Dados mais recentes, de acordo com a OMS, mostram que a poluição do ar pode também estar na origem do diabetes e de doenças neurodegenerativas.

Segundo relatório da Agência Europeia do Ambiente, divulgado nessa terça-feira, a qualidade do ar em Portugal e na Europa melhorou de 2019 para 2020, possivelmente devido aos confinamentos durante a pandemia de covid-19, embora permaneçam sérios riscos para a saúde devido à poluição atmosférica.

As informações são da Agência Brasil

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