Nesta quinta-feira (6), um homem atacou uma creche na região norte da Tailândia, matando 35 pessoas, dentre elas, 22 crianças. Saindo do local, ele assassinou sua mulher e filho antes de se suicidar, um dos maiores massacres já registrados no país.
O autor do ataque foi identificado como Panya Khamrab, um ex-policial de 34 anos, que entrou armado no local por volta das 12h30 (3h30 de Brasília) com um fuzil, uma pistola e uma faca.
A diretora do centro educacional, onde estudavam crianças com idades entre dois e três anos, disse que o criminoso derrubou a porta da frente com o pé, entrou e cortou a cabeça dos alunos com a faca. Ao sair da creche, onde matou também funcionários, acabou atropelando quem estava ao redor. A estimativa é que sejam 12 feridos, três em estado grave.
O criminoso foi demitido do posto de tenente-coronel da polícia no ano passado por um problema relacionado ao uso de drogas. Segundo o chefe de polícia nacional, Damrongsak Kittiprapat, seu julgamento aconteceria nessa sexta-feira (7).
A arma usada no crime foi adquirida de forma legal. O corpo de Panya Khamrab passará por exames para determinar se ele estava sob o uso de drogas no momento do ataque.
Outros casos
A Tailândia é um dos países no mundo com maior número de armas em circulação, mas ataques como o desta quinta-feira são raros. Em 2020, um oficial do exército atacou um centro comercial de Nakhon Rachasima, no interior do país, e matou 29 pessoas.
O atirador, 31 anos, foi morto pelas forças de segurança após uma perseguição de quase 17 horas. Ele cometeu o massacre depois de discutir com um oficial superior.
Em setembro deste ano, um sargento matou dois oficiais do exército em um tiroteio em um centro de treinamento militar em Bangkok.