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Ajuda financeira dos EUA à Ucrânia ‘não pode esperar’, alerta Biden

Pouco antes, Biden manteve uma videoconferência com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, e os líderes do G7 para debater como reforçar a ajuda ocidental para Kiev

Redação Jornal de Brasília

06/12/2023 17h53

Foto: Reprodução

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pressionou nesta quarta-feira (6) o Congresso para que aprove mais ajuda militar para a Ucrânia, advertindo que seu homólogo russo Vladimir Putin não vai parar na Ucrânia e, caso ataque um membro da Otan, haverá “tropas americanas lutando contra tropas russas”.

A seu entender, a ajuda à Ucrânia é tão crucial que ele afirma estar disposto a fazer “concessões significativas” aos republicanos, que exigem há bastante tempo medidas mais drásticas para deter a chegada de migrantes em situação irregular através da fronteira com o México. “Isto não pode esperar”, disse Biden em um discurso na Casa Branca.

“Francamente, acredito que é surpreendente que tenhamos chegado a este ponto, no qual os republicanos no Congresso estão dispostos a dar a Putin o maior presente que ele poderia esperar”, acrescentou.

Pouco antes, Biden manteve uma videoconferência com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, e os líderes do G7 para debater como reforçar a ajuda ocidental para Kiev.

Biden advertiu que se Putin, que ordenou a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, derrotar seu vizinho pró-Ocidente, “ele não vai parar por aí”.

O líder russo “seguirá em frente, deixou isso bem claro”. Além disso, se a Rússia atacar um membro da Aliança Atlântica, “então teremos algo que não buscamos e que não temos hoje: tropas americanas lutando contra tropas russas”, frisou.

Na terça-feira, Zelensky cancelou uma intervenção por videoconferência com senadores americanos sem apresentar um motivo.

Está previsto que o Senado vote hoje um pacote de emergência de 106 bilhões de dólares (cerca de R$ 520 bilhões na cotação atual) que inclui ajuda para três frentes: Ucrânia, a guerra de Israel contra o grupo islamista palestino Hamas e a segurança fronteiriça com o México.

Os republicanos do Senado condicionam seu apoio a que os democratas de Biden aceitem reformar o sistema de asilo e apliquem medidas mais estritas na fronteira.

“Estou disposto a fazer concessões significativas na fronteira. Precisamos consertar o sistema fronteiriço que não funciona. Está quebrado. E até agora não recebi resposta”, afirmou Biden.

A Casa Branca advertiu que os recursos para a Ucrânia vão se esgotar antes do fim deste ano se o Congresso não aprovar mais ajuda.

O apoio do Ocidente à Ucrânia parece estar se esgotando no momento em que a contraofensiva de Kiev vacila. Na semana passada, Putin firmou um decreto para aumentar as forças russas em cerca de 170.000 efetivos.

Recentemente, Moscou deu indícios de um possível acordo de paz com uma Ucrânia reduzida e neutra, que Kiev rejeita taxativamente.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse à AFP esta semana que uma paz duradoura com a Ucrânia só poderá ser conseguida se o Ocidente deixar de enviar armas e se Kiev aceitar “novas realidades territoriais”.

 

© Agence France-Presse

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