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Economia

Sobras do 5G devem ser leiloadas em 2022, diz Fábio Faria

Faria disse considerar que a oferta dessa frequência poderá ser feita rapidamente, sem a necessidade de um novo aval do TCU

FolhaPress

08/12/2021 14h33

Foto: Carolina Antunes /PR

Washington Luiz

O ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou nesta quarta-feira (8) que as sobras do 5G devem ser leiloadas em 2022. Cerca de 15% dos lotes disponíveis na faixa de 26 GHz não foram vendidos no leilão que ocorreu em novembro. Essa frequência não empolgou as operadoras pelo fato de ter uma menor penetração de cobertura, o que obrigaria as empresas a manterem equipamentos mais caros em funcionamento para emitir um sinal mais forte.

Durante audiência no Senado, Faria disse considerar que a oferta dessa frequência poderá ser feita rapidamente, sem a necessidade de um novo aval do TCU (Tribunal de Contas da União). “Acredito que no próximo ano, no primeiro ou segundo semestre, já que está aprovado na Anatel e aprovado no TCU [Tribunal de Contas da União], podemos ter mais um leilão completando essas 15 faixas, esses 15 espectros, assim que essa modelagem de negócio fique mais clara e a Anatel entenda que é o momento mais oportuno”, comentou.

Conhecida como “milimétrica”, a faixa de 26 GHz também não possui um modelo de negócio viável comercialmente que tenha sido testado massivamente por uma operadora. Aos poucos, ela vem sendo utilizada em outros países porque seu custo de operação é elevado pelo investimento exigido.

O leilão do 5G ofereceu lotes nacionais e regionais de quatro faixas: 700 megahertz (MHz), 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHZ. As maiores operadoras de telefonia móvel do país, Claro, Vivo e Tim, arremataram as principais frequências, que são como avenidas no ar são avenidas no ar por onde as teles fazem trafegar seus sinais.

O leilão confirmou a expectativa de que as operadoras de grande porte ficariam com as de 3,5 GHz (gigahertz), o chamado “filé mignon” do 5G com cobertura nacional, faixa que permitirá velocidades até cem vezes mais rápidas que as do 4G.

Essa frequência foi separada em quatro lotes -um deles não recebeu proposta. A falta de interesse no quarto bloco de 3,5 GHz se explica pela ausência da Oi, que vendeu seu braço móvel para as três concorrentes (Claro, Tim e Vivo). O negócio aguarda análise do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e da Anatel.

Em relação à faixa de 26 GHz, foram colocados à venda 103 lotes, mas houve poucos interessados. Os vencedores pagarão R$ 352 milhões em outorgas, valor bem inferior ao das outras frequências, nas quais as operadoras pagarão R$ 6,8 bilhões para a União.

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