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Economia

Segunda onda de Covid-19 interrompe altas na indústria

Mesmo com a queda, o faturamento de fevereiro deste ano ainda é 4,5% maior que o registrado no mesmo período de 2020

Geovanna Bispo

08/04/2021 0h01

Atualizada 07/04/2021 17h55

Foto: Miguel Ângelo

Exatamente um ano após o início da pandemia o Brasil foi atingido pela segunda onda do coronavírus, que impactou negativamente a indústria que vinha tentando se restabelecer. De acordo com a pesquisa Indicadores Industriais, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), depois de nove altas seguidas nas horas trabalhadas na produção, o indicador teve queda de 0,5%.

De acordo com o gerente de Análise Econômica da Confederação, Marcelo Azevedo, o desaquecimento da atividade industrial também provocou retração do faturamento (-3,3%), da massa salarial (-1,1%), do rendimento médio (-1,8%) e da utilização da capacidade instalada (-0,4 ponto percentual). 

“O emprego foi o único indicador que manteve a sequência de altas. Ele vem crescendo desde agosto de 2020 e, em fevereiro, ultrapassou o nível pré-pandemia, ainda influenciado pela forte recuperação da atividade industrial de meses anteriores. Mas os demais dados mostram a interrupção da tendência de alta da atividade industrial, o que pode se refletir no emprego mais para a frente”, afirma o economista.

Mesmo com a queda, que levou ao nível de novembro no ano passado, desfazendo os ganhos de dezembro e janeiro, o faturamento de fevereiro deste ano ainda é 4,5% maior que o registrado no mesmo período de 2020. 

Ainda de acordo com o levantamento, a Utilização de Capacidade Instalada (UCI) da indústria caiu 0,4% em relação a janeiro de 2021. Apesar da queda, a UCI segue alta, com 80,2% considerando a série livre de efeitos momentâneos. 

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