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Economia

Moedas globais: dólar avança, com China e Fed em foco; iene recua, após falas do BoJ

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 148,83 ienes, o euro recuava a US$ 1,0592 e a libra tinha baixa a US$ 1,2210

Redação Jornal de Brasília

25/09/2023 17h25

Dólar

Foto: Reprodução/ Flickr

O dólar se valorizou nesta segunda-feira, 25, em quadro de atenção a potenciais fragilidades do setor imobiliário da China e também com sinalizações do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) na política monetária. Nesse quadro, o euro recuou, sem receber apoio de declarações da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, e o iene perdeu fôlego diante dos sinais do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês).

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 148,83 ienes, o euro recuava a US$ 1,0592 e a libra tinha baixa a US$ 1,2210. O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou alta de 0,39%, a 105,998 pontos.

No caso do iene, a moeda bateu mínimas em 11 meses ante o dólar, após o presidente do BoJ, Kazuo Ueda, reiterar que a instituição manterá postura “paciente”, e dizer que o alcance sustentável e estável da meta de inflação ainda não é perceptível. No governo local, o premiê Fumio Kishida prometeu pacote de estímulos econômicos para outubro.

Já na zona do euro, Lagarde descartou que os dirigentes tenham discutido corte nos juros. Segundo ela, as pressões domésticas sobre os preços continuam fortes, e o nível e a duração dos juros são ambos cruciais para o BCE. A dirigente reafirmou que o banco central considera o nível atual dos juros adequado para conter a inflação adiante, mas também pontuou que não está descartada uma eventual nova elevação, caso os indicadores sugiram que isso é necessário.

Na China, estiveram em foco as dificuldades do setor imobiliário chinês, após a China Evegrande anunciar que está impossibilitada de emitir novos títulos, diante de uma investigação sobre uma de suas afiliadas. Ainda no setor, a incorporadora China Oceanwinds anunciou que sofrerá liquidação nas Bermudas, após não conseguir pagar um empréstimo de US$ 175 milhões de um de seus credores.

Nos EUA, o índice de atividade nacional elaborado pelo Fed de Chicago recuou a -0,16 em agosto, quando analistas ouvidos pela FactSet previam -0,03. O presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, notou em entrevista que os juros devem seguir em nível alto por mais tempo do que o estimado pelo mercado. Goolsbee ainda considerou que “é possível” haver um pouso suave na economia do país, mas ele também advertiu que há “vários riscos” no horizonte.

Estadão Conteúdo

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