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Economia

Inflação foi pressionada por energia e bens, diz Campos Neto

Esta é a sexta vez que presidentes do banco se justifica publicamente a Guedes, que também preside o Conselho Monetário Nacional

Geovanna Bispo

11/01/2022 17h46

BC

Foto: Agência Brasil

Tentando justificar o descumprimento da meta de inflação de 2021, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, enviou uma carta ao ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmando que o índice foi resultado pela forte elevação no preço de bens, a tarifa adicional de energia elétrica e desequilíbrios entre oferta e demanda nas cadeias produtivas.

No texto, o presidente ainda ressalta que o movimento de alta dos preços foi um fenômeno que atingiu grande parte dos países avançados e emergentes. Esta é a sexta vez que presidentes do banco se justifica publicamente a Guedes, que também preside o Conselho Monetário Nacional (CNM).

É obrigação do presidente do BC divulgar a carta sempre que a inflação encerrar o ano fora dos limites de tolerância para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). As explicações anteriores foram feitas em 2022, 2003, 2004, 2016 e 2018.

O CMN define, anualmente, um alvo para o índice, além de um intervalo de tolerância. Em 2021, a meta foi de 3,75%, com margem de 1,5% para mais ou para menos.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA do ano passado fechou com alta de 10,06%, muito acima do limite de 5,25%.

2021 foi marcado por alta nos alimentos, combustíveis e energia elétrica, que contribuíram negativamente para esse número e para a elevação nos preços internacionais de commodities, a aceleração da inflação mundial e desvalorização do real. Para 2022, a meta definida pelo CMN é de 3,50%, com tolerância máxima de 5%.

Veja a carta completa:

OF_CIO_823_2022_BCB_SECRE_01 by Jornal de Brasília on Scribd

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