SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)
O dólar opera em leve alta ante o real nos primeiros negócios desta segunda-feira (22), na contramão do exterior, onde a moeda americana cai ante uma cesta de divisas fortes. Por volta das 09h58, o dólar subia 0,07%, a R$ 4,930.
Investidores abrem a semana à espera da decisão de política monetária do BCE (Banco Central Europeu), na quinta-feira (25), e da divulgação de dados econômicos nos Estados Unidos antes da reunião do Fed (BC americano), marcada para o fim do mês. O principal deles é a inflação de dezembro, que sai na sexta (26).
Em meio a dados recentes mostrando uma economia norte-americana robusta, agentes financeiros têm ajustados apostas sobre o começo e o tamanho de um bastante aguardado ciclo de cortes de juros pelo Fed, com alguns já avaliando que uma redução em março pode ser uma aposta muito otimista.
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Os investidores agora esperam que o Fed (Federal Reserve, o banco central americano) faça cortes de 1,4 ponto percentual nos juros neste ano, abaixo do 1,65 ponto estimado na semana anterior. Eles também veem uma chance de aproximadamente 54% de que o primeiro corte ocorra em março, em comparação com 77% uma semana atrás.
O economista-chefe da Genial Investimentos, José Marcio Camargo, escreveu em relatório a clientes que a política monetária do Fed é “muito dependente dos dados e, desta forma, gera grande volatilidade nos preços dos ativos financeiros” conforme novas informações são divulgadas.
Isso tem afetado particularmente mercados emergentes, como o Brasil, que tendem a se beneficiar de perspectivas de juros mais baixos em economias como os Estados Unidos. Até a quinta (18), o índice MSCI para mercado emergentes acumulava uma queda de mais de 6% no mês.
Na sexta (19), o dólar à vista teve variação negativa de 0,08%, praticamente estável cotado a R$ 4,927, acumulando valorização semanal de 1,47%.
Já a Bolsa brasileira fechou em alta de 0,25% na sexta, aos 127.637 pontos, em dia de ajustes após três quedas consecutivas do Ibovespa. Na semana, porém, o Ibovespa queda de 2,55%, impactada pela redução de otimismo sobre a queda dos juros americanos, que afastou investidores estrangeiros.