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Economia

Diretor do BC diz que desinflação é clara, mas corte maior na Selic é pouco provável

Hoje, a Selic está em 13,25%, depois de um corte de 0,50 ponto percentual neste mês -o primeiro no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

Redação Jornal de Brasília

24/08/2023 12h49

Foto: Agência Brasil

PAULO RICARDO MARTINS
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)

O diretor de regulação do Banco Central, Otávio Damaso, disse nesta quinta-feira (24) que o ritmo de corte da Selic é apropriado para cumprir a política monetária necessária ao processo deflacionário.

Segundo ele, a intensificação do reajuste é pouco provável.

“Isso só viria a acontecer diante de surpresas positivas substanciais à dinâmica inflacionária que elevassem muito a confiança na dinâmica da inflação à frente”, afirmou Damaso, no Abecip Summit, evento do setor de crédito imobiliário.

A declaração de Damaso converge com a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que diz ter havido consenso entre os membros do comitê com a expectativa de cortes de 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões.

Hoje, a Selic está em 13,25%, depois de um corte de 0,50 ponto percentual neste mês -o primeiro no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De acordo com Damaso, a economia brasileira passa por um processo claro de desinflação, que teve uma fase mais acelerada no começo do ano e agora acontece de forma mais gradual, mas dentro do esperado, segundo ele.

Damaso também disse que, apesar da caderneta de poupança ter tido um papel importante para destinar recursos ao crédito imobiliário, está na hora de encontrar outras fontes de financiamento.

“Não vai ser a poupança que vai fazer a gente mudar de patamar. O perfil do investidor mudou nos últimos anos, com o acesso a outros produtos advindos de plataformas de investimento e de tecnologias como open finance.”

Damaso elogiou o avanço no Marco das Garantias, que foi aprovado no Senado em julho. A proposta é considerada fundamental pelo governo Lula para reduzir o custo dos empréstimos no país. Segundo o diretor, o marco é importante para reduzir os riscos de judicialização.


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