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Economia

Bolsa tem instabilidade com fatores locais e tenta defender 115 mil pontos com NY

O Ibovespa cai na manhã desta terça-feira, porém em menor magnitude em relação ao recuo de mais de 3% de ontem

Redação Jornal de Brasília

25/10/2022 11h55

Foto: Divulgação/Agência Brasil

O Ibovespa cai na manhã desta terça-feira, porém em menor magnitude em relação ao recuo de mais de 3% de ontem, em meio a um clima defensivo dos investidores na esteira do caso Roberto Jefferson, a poucos dias do segundo turno das eleições no Brasil Os investidores ainda ficam atentos às pesquisas eleitorais e aos dados de produção e vendas da Petrobras.

Após queda, o petróleo passou a subir, ajudando a limitar a queda do Ibovespa, bem como a aceleração da alta das bolsas americanas. Com isso, as ações da Petrobras migram para o terreno positivo.

“Ativos podem se recuperar após o tombo da segunda-feira, entretanto, a incerteza com a política econômica do futuro governo deve continuar a pesar”, avalia em nota a MCM Consultores, acrescentando que “as primeiras pesquisas eleitorais desta semana mostram um quadro mais favorável para o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Aumentam os rumores de que o Meirelles Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central poderá ser ministro de seu governo.”

Ontem, preocupações políticas culminadas após a prisão de Roberto Jefferson, que lançou granadas e atirou contra a polícia antes de ser preso, no domingo, levaram as ações de estatais a liderarem as perdas do Ibovespa. A queda veio após uma série de cinco pregões seguidos de alta.

Os papéis da Petrobras cederam mais de 9%, com a empresa perdendo mais de R$ 50 bilhões em valor de mercado em apenas uma sessão. Banco do Brasil ON recuou cerca de 10%. Perto de 11h30, as ações da estatal subiam 0,20% (PN) e 0,32% (ON), enquanto BB tinha elevação de 0,15%.

Como lembra o economista Álvaro Bandeira, o Ibovespa não deveria perder o nível dos 115 mil pontos, sob pena de “escorregar” para o suporte dos 112 mil pontos. Ontem, ao fecharem baixa de 3,27%, terminou aos 116.012,70 pontos. No horário citado acima, subia 0,01%, aos 116.019,37 pontos, depois de subir 0,13%, na máxima aos 116.159,85 pontos. Na mínima, marcou 114.688,51 pontos, em queda de 1,14%.

Após o fechamento da B3, a Petrobras informou que a produção e as vendas encolheram no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. Um dos motivos foi a redução da participação em contratos de partilha nos campos de Sépia e Atapu. A queda na produção e vendas da empresa já era esperada por boa parte do mercado e a expectativa de distribuição de fartos dividendos pode ajudar as ações da estatal.

Apesar da queda do minério de ferro na China, as ações da Vale sobem acima de 1%, depois das perdas da véspera. “O desempenho do Ibovespa está mais atrelado à China. Há sinais de demanda um pouco mais fraca e questões envolvendo a diplomacia chinesa, mas sinais de alívio em exigências para viagens internacionais “, avalia Gustavo Neves, especialista de Renda Variável da Blue3.

Porém, a aceleração da inflação brasileira medida pelo IPCA-15 de outubro fica no radar. Após cair 0,37% em setembro, o indicador subiu 0,16%, ficando acima da mediana de 0,09% das expectativas na pesquisa Projeções Broadcast. O índice que mede papéis ligados ao consumo cai na Bolsa brasileira. “A inflação aqui veio maior do que a esperada”, diz Neves, ao referir-se a um fator de cautela.

Depois de queda, os mercados de ações externos sobe, enquanto os investidores esperam a divulgação de balanços trimestrais de uma série de empresas relevantes dos Estados Unidos, incluindo Alphabet e Microsoft. Mais cedo saiu o resultado da Coca-Cola, cujo lucro e receita surpreenderam o mercado, com as ações reagindo em alta.

Estadão Conteúdo

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