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Concursos & Carreiras

A importância do foco para os concurseiros

Especialista em concursos públicos explica que a aprovação depende mais da questão emocional do que das técnicas de estudo

Redação Jornal de Brasília

23/09/2022 15h19

Foto: Agência Brasil

Gabriel de Sousa
[email protected]

Muitas vezes, os mais preparados concurseiros, que dedicam meses e até anos de estudo para a realização de uma prova, passam por dificuldades na hora de responder os cadernos de questões devido ao nervosismo e a falta de foco na avaliação. Por isso, na hora mais decisiva para os estudantes, a disposição emocional acaba definindo quais serão os aprovados nos certames.

Por isso, o preparo mental deve ser trabalhado com afinco pelos estudantes, já que, além de estudar os conteúdos, os concurseiros precisam ter uma aptidão para lidar com o momento de prova. Sem dúvidas, é preciso ter muita concentração para conseguir relacionar o aprendizado adquirido com os itens solicitados pela banca organizadora.

Para trazer aos estudantes dicas valiosas para vencer as dificuldades de concentração e nervosismo na hora das provas, a equipe do Concursos & Carreiras do Jornal de Brasília conversou com Eduardo Cambuy, que leciona no Gran Cursos Online e trabalha a questão emocional com os seus alunos. Para ele, a mentalidade é importante para o processo de assimilação e conscientização do concurseiro, e deve ser levado a sério durante o seu período de aprendizado.

“Ele precisa ter foco, porque “atirar para todos os lados” sem um rumo é uma grande ilusão. Claro que, se o candidato ficar nessas tentativas sem foco, em algum momento ele vai acertar em algo, mas com foco ele pode alcançar esse objetivo com mais rapidez. O candidato que tem foco consegue ter um aproveitamento maior”, explica o professor.

Como ter mais foco?

Para Cambuy, o foco do estudante é não é apenas necessário no momento da realização das provas, sendo indispensável também nos estudos antes das avaliações que definem os aprovados. O professor explica que os estudantes precisam verificar os editais e as edições anteriores dos certames em que sonham passar. Desta forma, eles poderão ter uma melhor noção de quais competências devem ter uma maior atenção no seu aprendizado.

“A partir disso, ele vai olhar para as provas anteriores e identificar o que é mais comum, o que se repete mais naquele concurso. Dessa forma ele já terá um grupo na área de conhecimento para poder focar. Quando sai um concurso, o candidato precisa olhar para as matérias específicas para identificar os pontos que necessitam de maior atenção e focar neles”, afirma o especialista.

Cambuy pondera que o candidato “que sabe mais” nunca é o favorito para a nomeação, e sim o “que lembra mais”. Por isso, o professor observa que é importante a adoção de técnicas de absorção dos conteúdos. “O fato que faz passar ou não é a lembrança. Se preocupe em lembrar, e, para lembrar, o segredo são as revisões. O candidato que só toca o conteúdo, vê todos os pontos do edital e não revisa, muitas vezes não passa. Por isso, faça resumos e revise para fixar os conteúdos importantes”, diz.

Para vencer a tão temida ansiedade, que ataca até mesmo os concurseiros mais preparados, o professor aposta na simulação do tão aguardado dia de provas. Na ideia de Cambuy, os estudantes devem imaginar situações que se aproximem ao máximo da data decisiva. Assim, os candidatos estarão mais seguros e habituados no momento da aplicação, diminuindo as suas ânsias: “Essa é uma excelente forma de tentar antecipar o futuro e fazer uma mínima gestão dele”.

Vença o nervosismo e o cansaço

E o que fazer quando você estuda bastante e, de repente, acontece algum imprevisto na hora da sua prova? Para Cambuy, a melhor forma de vencer o nervosismo é uma forte estabilidade emocional. Assim, o candidato poderá lidar com os eventuais problemas da melhor forma e manterá o seu foco inalterado. “Por exemplo, tem gente que erra um gabarito e se desespera, começa uma redação de forma errada e se desespera. Se o candidato não tiver esse equilíbrio, ele não vai saber sair desse tipo de situação”, explica.

Com dezenas de questões para serem resolvidas e um longo tempo na cadeira para ser vencido, o cansaço também pode se tornar um dos piores obstáculos para se enfrentar. Por isso, os concurseiros precisam dedicar intervalos periódicos para descansar o corpo e a mente. Assim, Eduardo acredita que os estudantes chegarão ao fim da avaliação com a mesma concentração em que entraram na sala de aplicação.

“Depois de terminar um bloco de questões, respire e beba uma água. Essa é uma forma de “resetar” a mente e se preparar para começar um novo bloco. Treine isso nos simulados. Dessa forma, o candidato vai conseguir controlar a ansiedade e manter o foco”, comenta Cambuy.

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