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Brasil

Seca severa encerra ano letivo em escolas ribeirinhas

As escolas terão aulas remotas, e a cada 15 dias, uma equipe pedagógica irá avaliar a possibilidade de retorno das atividades presenciais.

Camila Bairros

04/10/2023 10h05

Foto: João Paulo Borges Pedro / Instituto Mamirauá

Enquanto a região Sul sofre com chuvas intensas, cidades do Norte sofrem com seca severa. Por isso, as escolas ribeirinhas de Manaus decidiram encerrar o ano letivo de forma antecipada nesta quarta-feira (4), já que a seca no rio Negro dificulta o acesso dos professores e alunos às unidades de ensino.

O calendário escolar na região tem como base a cheia e a vazante dos rios. Por isso, as aulas começam em janeiro e terminam em outubro. Como os rios estão sem água suficiente para navegar, foi necessária a antecipação.

Por enquanto, as escolas terão aulas remotas, e a cada 15 dias, uma equipe pedagógica irá avaliar a possibilidade de retorno das atividades presenciais.

“Nós já estamos com praticamente 95% do calendário letivo concluído, porque lá as aulas iniciam antes. Então, os alunos das 48 escolas que temos nas 55 comunidades ribeirinhas vão passar a ter o ensino remoto. Nós estaremos também enviando mantimentos nos próximos dias para essas famílias”, explicou o prefeito David Almeida.

Dos 62 municípios amazonenses, 35 cidades estão em situação de alerta, duas em atenção e duas em normalidade. O governador Wilson Lima decretou situação de emergência em 55 municípios amazonenses afetados pela estiagem.

Há expectativa de que a situação piore em outubro. A Defesa Civil estima que, até dezembro, cerca de 500 mil pessoas sejam atingidas no Amazonas pelos efeitos da estiagem.

O governo do Amazonas informou que adotou medidas para apoiar famílias nos setores de saúde e abastecimento de água, bem como na distribuição de cestas básicas, kits de higiene pessoal, renegociação de dívidas e fomento para produtores rurais.

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