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Brasil

Quatro réus são condenados no caso Boate Kiss

242 pessoas morreram e outras 636 ficaram feridas por causa do incêndio causado por um sinalizador utilizado pela banda que se apresentava

Geovanna Bispo

10/12/2021 18h07

Foto: AFP

Após 10 dias de julgamento, o Tribunal do Júri do Foro Central de Porto Alegre condenou os quatro réus processados pela tragédia da Boa Kiss, em Santa Maria (RS), em 2013. Os condenados foram os sócios Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Lodeiro Hoffmann, o músico Marcelo de Jesus dos Santos e o produtor musical Luciano Augusto Bonilha Leão.

Segundo a decisão, Elissandro deverá cumprir 22 anos e seis meses de prisão, Mauro 19 anos e seis meses de prisão, e Marcelo e Luciano 18 anos.

De acordo com a denúncia do Ministério Público (MP), Elissandro e Mauro foram responsáveis pelos crimes e assumiram o risco de matar por terem usado “em paredes e no teto da boate espuma altamente inflamável e sem indicação técnica de uso, contratando o show descrito, que sabiam incluir exibições com fogos de artifício, mantendo a casa noturna superlotada, sem condições de evacuação e segurança contra fatos dessa natureza, bem como equipe de funcionários sem treinamento obrigatório, além de prévia e genericamente ordenarem aos seguranças que impedissem a saída de pessoas do recinto sem pagamento das despesas de consumo na boate”.

Já sobre Marcelo e Luciano, o MP afirma que eles foram responsáveis porque “adquiriram e acionaram fogos de artifício (…), que sabiam se destinar a uso em ambientes externos, e direcionaram este último, aceso, para o teto da boate, que distava poucos centímetros do artefato, dando início à queima do revestimento inflamável e saindo do local sem alertar o público sobre o fogo e a necessidade de evacuação, mesmo podendo fazê-lo, já que tinham acesso fácil ao sistema de som da boate”.

O incêndio é o maior em número de vítimas na história do Rio Grande do Sul e o segundo maior do Brasil, atrás apenas do incêndio no Gran Circo Norte Americano, que deixou 503 mortos em 1961.

O crime ocorreu na madrugada de 27 de janeiro, quando 242 pessoas morreram e outras 636 ficaram feridas por causa do incêndio causado por um sinalizador utilizado pela banda que se apresentava.

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