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Brasil

Justiça brasileira condena argelino por publicações de apologia ao nazismo

O homem de 48 anos virou réu em dezembro de 2021 após ter sido denunciado pelo Ministério Público Federal

FolhaPress

22/03/2022 19h10

Um argelino que mora no Brasil foi condenado a dois anos e quatro meses de prisão pela Justiça Federal de São Paulo por apologia ao nazismo feita em postagens nas redes sociais.

A pena de Abdessalem Martani, aplicada pelo juiz Fernando Toledo Carneiro, da 7ª Vara Federal Criminal de São Paulo, foi convertida ao pagamento de dois salários mínimos e prestação de serviço comunitário.

O homem de 48 anos virou réu em dezembro de 2021 após ter sido denunciado pelo Ministério Público Federal por publicações feitas no ano de 2017. A conta dele foi excluída pela plataforma Facebook no mesmo ano em que as postagens foram denunciadas.

Além da publicação em referência aos símbolos nazistas, Abdessalem usava no Facebook e em outras redes sociais o nome “Hjalmar Bismark”, que seria uma homenagem a Hjalmar Horace Greeley Schacht, um presidente do Banco Central Alemão e ministro da Economia do III Reich.

Ao juiz, Abdessalem confirmou que fez as postagens e disse que não tinha conhecimento de que as publicações seriam consideradas crime no Brasil.

Ele também disse que era muçulmano, religião que também teria sido vitimada por Adolf Hitler, e se declarou “contra a violência”, pedindo desculpas à Justiça e informando que apenas “copiou e colou” as mensagens encontradas em uma página no Facebook.

Segundo a sentença judicial, o acusado poderá apelar em liberdade.

Em nota, a defesa do suspeito informou que apelou da sentença e disse que ele confessou a autoria do delito em juízo.

“Ademais, o acusado respondeu a todas as perguntas feitas, colaborando com o Juízo, inclusive assumindo sua culpa, em flagrante demonstração de arrependimento. E que desconhecia que tais postagens seriam crimes no Brasil. Ressaltou que não pactua com a ideologia nazista. Além disso, pediu perdão ao povo brasileiro, bem como à Justiça brasileira”, declarou em texto a advogada de Abdessalem.

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