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ONG relata morte de 18 spitz resgatados e cobra respeito pelos animais

Uma operação realizada em abril resgatou 134 cães da raça spitz em situação de maus-tratos em Limeira (SP)

FolhaPress

19/07/2022 8h01

Foto: Reprodução/ Instagram

Lívia Marra
São Paulo, SP

Uma operação realizada em abril resgatou 134 cães da raça spitz em situação de maus-tratos em Limeira (SP). Retirados de uma casa em condomínio fechado, eles receberam cuidados e ficaram sob responsabilidade de protetores. No entanto, parte não resistiu aos problemas de saúde.

A Alpa (Associação Limeirense de Proteção a Animais), responsável por 69 animais, afirma que 18 morreram.

Segundo a ONG, todos os animais passaram por consulta veterinária, exames, tratamento e foram microchipados. Porém, “devido às lamentáveis condições de saúde e ausência de cuidados básicos como vacinas, alguns animais vieram a óbito no decorrer dos dias subsequentes ao resgate, gerando ainda mais revolta a todos os envolvidos em seus cuidados”.

Em publicação nas redes sociais na semana passada, a ONG informou que a maioria sofreu complicações provocadas por cinomose. E citou o caso de uma cadela com menos de um ano que, mesmo internada sob tratamento intensivo, passou a apresentar alterac?o?es neurolo?gicas e crises convulsivas, que levaram a uma parada cardiorrespiratória.

A ONG aproveitou o relato para lembrar a importância da vacinação e cobrar respeito aos animais.

“Este é apenas um exemplo entre outros óbitos devido à mesma doença, que poderia ter sido prevenida por meio da administração de vacinação adequada”, diz um trecho do texto.

“A Alpa lamenta profundamente tantas vidas negligenciadas e perdidas devido ao péssimo estado em que foram resgatadas e reitera seu compromisso de conscientizar a população sobre a importância da tutela responsável, da adoção e do respeito a todos os animais.”

Segundo a ONG, os custos de tratamento com os animais temporariamente tutelados somam mais de R$ 300 mil.

Na operação de abril, duas pessoas foram presas, mas acabaram libertadas após fiança.

Na ocasião, a prefeitura afirmou que a ação ocorreu após várias denúncias recebidas pela Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura e que, de acordo com as informações, o morador utilizava a residência para criação clandestina dos cães.

Os policiais encontraram os cães em situação de abandono, sem comida, muitos sujos de fezes e aglomerados em vários cômodos da residência. Alguns animais, incluindo filhotes e recém-nascidos, também foram encontrados em cercados de dois metros quadrados na parte externa da casa.

Os agentes apreenderam no imóvel R$ 30 mil e diversas vacinas de uso veterinário armazenadas de forma irregular —metade com a validade vencida.

“Os animais apresentavam péssimo estado de sau?de e estavam em situac?a?o insalubre, ao meio de fezes, sem alimentac?a?o ou a?gua, sem vacinac?a?o, sem tratamento, gerando dor e sofrimento”, escreveu a ONG na semana passada.

O caso continua sendo tratado na Justiça.

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