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Madrasta é indiciada por matar menina de 11 anos envenenada

De acordo com a polícia, ela matou a criança para ficar com herança de R$ 800 mil 

Redação Jornal de Brasília

08/11/2019 9h04

Da redação
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A Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente encerrou nesta quinta-feira (7) o inquérito que investigou a morte da menina Mirela Poliane, de 11 anos. Jaira Gonçalves, de 42 anos, responderá por homicídio qualificado. 

O delegado responsável pelo pediu o indiciamento da madrasta que está presa em Cuiabá desde setembro. Segundo a polícia, Jaira colocava doses de veneno na comida da menina, que morreu em junho deste ano. 

Uma substância de venda proibida foi ministrada gota a gota, entre abril e junho deste ano, de acordo com a polícia. A operação que prendeu a madrasta da menina recebeu o nome do conto de fadas “Branca de Neve”. 

Segundo a polícia, ela queria ficar com uma indenização de R$ 800 mil que Mirela recebeu como indenização por erro médico do hospital em que nasceu. A mãe da menina morreu durante o parto dela.

O inquérito concluiu que o pai de Mirela não teve participação no crime.

O caso 

Uma mulher foi presa suspeita de envenenar a enteada, de 11 anos. Investigações realizadas pela polícia levaram a conclusão de que ela aplicou doses de veneno na criança durante dois meses, entre abril e junho deste ano. O caso aconteceu em Cuiabá-MT.

O crime foi premeditado, segundo a polícia. A menina, Mirella Poliane Chue de Oliveira, morreu no dia 14 de junho. Inicialmente, a causa da morte foi dada como indeterminada. Houve suspeita de meningite e até de abuso sexual, mas exames do Instituto Médico Legal (IML) e da perícia descartaram as hipóteses.

Depois, responsáveis pela perícia recolheram materiais para exames complementares. Então, foi possível detectar duas substâncias no sangue de Mirella, e uma delas é um veneno que provoca intoxicação crônica e aguda, podendo levar a morte.

A polícia acredita que uma prova de que a madrasta premeditou todo o crime, é a forma que as doses do veneno eram administradas. A suspeita, que não teve o nome revelado, aplicava, via oral, poucas gotas por vez. Sempre que a criança passava mal, era levada ao hospital. Lá, ela ficava internada por até sete dias e melhorava, porque a substância não era dada no período da internação. No entanto, assim que retornava para casa, voltava a adoecer. Isso se repetiu por dois meses, e a menina foi internada por nove vezes.

Os delegados Francisco Kunze e Wagner Bassi, que conduzem as investigações, explicam os efeitos colaterais do conteúdo encontrado no sangue da vítima. “Essa substância não é encontrada em medicamentos e, portanto, sua ingestão por humanos somente pode ocorrer de forma criminosa. Os sintomas da sua ingestão são: visão borrada, tosse, vômito, cólica, diarreia, tremores, confusão mental, convulsões, etc.”

A acusada foi ouvida pela polícia após a morte de Mirella. Ela contou que se considerava mãe dela, sem dar mais detalhes sobre o caso.

Ela foi presa por conta dos desdobramentos da operação Branca de Neve. A Polícia Civil assim nomeou a ação porque a história lembra a fábula infantil, onde a personagem principal é envenenada com uma maçã.

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