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Família recebe pernas de homem em caixa de papelão

A Secretaria de Saúde de Tocantins disse que houve uma “falha de comunicação”. A equipe descreveu o conteúdo da caixa

Redação Jornal de Brasília

10/10/2022 14h52

Foto: Divulgação

A família do pedreiro Deonir Teixeira da Paizão, de 46 anos, recebeu as duas pernas do homem em uma caixa de papelão. Ele sofreu um grave acidente de moto e perdeu uma perna no local do acidente e a outra precisou ser amputada na unidade de saúde.

O Hospital Regional do Tocantins, onde ele foi atendido, entregou as pernas à família em uma caixa. Ele estava acompanhado da namorada em uma motocicleta quando o acidente aconteceu.

A Secretaria de Saúde de Tocantins disse que houve uma “falha de comunicação”. A equipe descreveu o conteúdo da caixa. “Membro inferior direito sem o pé e membro inferior esquerdo com o pé. Obs: falta um pedaço da perna direita também”, dizia o recado.

Falha de comunicação

Confira a declaração da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) na íntegra.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) lamenta a falha na comunicação entre a equipe plantonista do Hospital Regional de Paraíso do Tocantins e os familiares do paciente Deonir Teixeira da Paixão, quanto aos esclarecimentos sobre os descartes de membros amputados.

A SES-TO destaca que todas as unidades hospitalares estaduais seguem um protocolo padrão dentro das resoluções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária nº 306 (2004) e do Conselho Nacional do Meio Ambiente nº 358 de (2005), as quais versam sobre a disposição final de resíduos dos serviços de saúde.

A SES-TO pontua que em caso de amputações a equipe multiprofissional da unidade hospitalar informa aos familiares sobre a necessidade do procedimento para a manutenção da vida do paciente e no ato é dada à família a escolha de levar os membros ou deixar a cargo do serviço de saúde, o descarte dos mesmos.

Quando o hospital é responsável pelo descarte de membros ele ocorre através de empresa especializada contratada para a realização do referido serviço, a qual não trata o material como lixo comum.

No caso em questão, a SES-TO enfatiza que a equipe multiprofissional não soube explicar o trâmite à família, que decidiu levar os membros. Para isso, os familiares assinaram um termo de responsabilidade, o qual consta, inclusive, relatado no prontuário do paciente.

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