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Entregador de delivery é morto e esquartejado depois de deixar mãe em casa

Desaparecido desde o final de janeiro, os braços do rapaz foram encontrados na Baía de Guanabara no início de fevereiro

Redação Jornal de Brasília

16/02/2022 10h58

Foto: Reprodução

Na noite do dia 29 de janeiro, Wesley Lima Gomes, 25, lanchou com a mãe em frente à casa de uma amiga dela e depois foi deixá-la em casa, em Benfica, Zona Norte do Rio de Janeiro. Depois disso, Wesley, que era entregador de aplicativo, saiu para encontrar alguns amigos e não foi mais visto desde então.

No início de fevereiro, foram encontrados na Baía de Guanabara, nas redondezas do Aeroporto Galeão, os dois braços do jovem, assim relata a sua família.

Os parentes do rapaz acreditam que ele foi assassinado e esquartejado após passar por um local perigoso em Cordovil, dominado pelo tráfico.

Segundo os familiares da vítima, por volta das 22h30, Wesley deixou sua casa, próxima à da mãe, e disse que iria se encontrar com amigos em uma praça em Benfica. Ele saiu com sua moto Factor 150 preta, mas, de acordo com relatos, Wesley nunca chegou a passar pela praça.

A família afirma ter acessado os dados de geolocalização do celular do rapaz, que apontou como destino final um endereço na Estrada do Porto Velho, em Cordovil. A região pertence ao “Complexo de Israel”, dominado pela facção criminosa TCP.

Os parentes relatam que pouco antes de perderem contato com Wesley, por volta das 22h45, o entregador mandou mensagem a um amigo que mora perto da Estrada do Porto Velho. Na conversa, Wesley chama o colega para ir até Madureira, local que o jovem mencionou com outra amiga em outro diálogo, em um horário próximo.

Depois que o rapaz desapareceu, familiares e amigos iniciaram uma corrente nas redes sociais em busca de informações sobre o seu paradeiro.

O Instituto Félix Pacheco comunicou à família sobre os membros encontrados na região da Ilha do Governador que se assemelhavam à descrição dada pelos familiares: com tatuagens de leão e do Flamengo. Nesta terça-feira, a família foi até o Instituto Médico Legal e confirmou que os braços eram, de fato, de Wesley. Eles foram encontrados no dia 3 de fevereiro, contou os familiares.

Apesar de ser registrado na 38ª Delegacia de Polícia, de Brás de Pina, o caso está sendo investigado pela Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA).

Segundo a família de Wesley, o jovem nunca teve qualquer tipo de envolvimento com atividades criminosas e se sustentava com o trabalho de entregador.

Wesley deixou um filho de 5 anos.

“Era um menino sonhador e um ótimo pai e filho. Sempre quis ter condições de comprar uma casa própria para a família e sair do aluguel “, diz uma familiar de Wesley ao g1, cuja identidade será preservada.

“O filho dele sempre será o amor da vida dele, só quem convivia com o Wesley sentia o amor dele pelo filho. Wesley era entregador do iFood, daí tirava a sua renda, que pagava as contas e sobrevivia. Wesley partiu e nos deixou com um sentimento de impunidade, pois ele não tinha nenhum tipo de vício e nem era envolvido com nada”.

Os familiares buscam agora justiça pelo assassinato do jovem.

“Queremos encontrar a moto e os culpados. Queremos sepultar ele. Vamos lutar por tudo”, afirma a parente.

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