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Brasileira de 11 anos é agredida em escola pública de Portugal

A menina e a mãe viviam em São Gonçalo (RJ) e se mudaram para Portugal, em 2018, na esperança de terem mais segurança e uma boa educação

Redação Jornal de Brasília

11/02/2022 17h22

Menina é agredida por colegas de turma em Portugal. Foto: Redes Sociais

Uma menina de 11 anos foi agredida com socos e chutes na cabeça e no corpo por outra estudante de uma escola pública de Portugal, na cidade de Entroncamento. O caso ocorreu na última sexta-feira (4) mas as imagens repercutiram essa semana na imprensa portuguesa.

A criança, identificada apenas como Maria e sua mãe, Silverlene Melo, viviam em São Gonçalo (RJ) e se mudaram para Portugal, em 2018, na esperança de terem mais segurança e uma educação melhor. Silverlene contou que a filha é perseguida por outras crianças desde que entrou na escola, onde mandaram a menina “voltar para casa”, enquanto era chamada de feia.

Dessa vez, a mãe da menina decidiu fazer uma ocorrência em uma delegacia local. “Maria, tinha livro de uma série popular, ‘Death Note’. E as crianças disseram que, por isso, Maria teria o poder de matar todo mundo. A partir daí, minha filha começou a falar com ela mesma que queria morrer e a turma passou a rejeitá-la”, conta a Silverlene.

Em entrevista ao jornal Portugal Ciro, a menina conta que os episódios de violência são frequentes na escola e que, depois da agressão, ficou com medo de voltar a frequentar as aulas.

“Estou bem, graças a Deus. Senti muitos olhares e (fiquei) um pouco mal. As alunas me culparam por minha mãe tentar me proteger e falaram que não deveria ter feito denúncia. Os professores me apoiaram, se preocuparam bastante, mas as alunas continuavam implicando um pouco”, disse Maria.

https://twitter.com/bnewsvideos/status/1492156853614170115?s=20&t=4_gXu0kmc0BxvljgwOMQfw

Bullying e depressão

Devido aos abusos sofridos, Maria passou a apresentar um comportamento estranho em casa. Ao notar, a mãe resolveu levá-la para algumas consultas com uma psicóloga brasileira, Cíntia Oliveira, que diagnosticou a menina com tendência à depressão.

Segundo informações, no Natal do ano passado, a criança passou a receber mensagens de outra estudante por meio do Whatsapp. Nela, a agressora pedia para que a brasileira cometesse suicídio, pois ninguém da turma a amava e todos esperavam sua morte.

A vítima sofria abuso verbal de colegas de turma. Foto: Arquivo pessoal/Divulgação


A escola Ruy D’Andrade, onde Maria estuda, afirmou, à agência de notícias Lusa, que abriu uma investigação interna para apurar os fatos. E informou que “equipe técnica de psicologia para acompanhamento e apoio à aluna agredida e respectivos encarregados de educação”.

A fala, no entanto, foi rebatida por Silverlene: “Perguntei se a psicóloga conversou com ela, ela disse que não”.

A mãe decidiu que Maria será transferida para outra escola e ainda cogita a possibilidade de mudança para outra cidade em Portugal.

Com informações da coluna de Portugal Giro, do jornal O Globo

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