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Abaixo-assinado online pede que morador que agrediu síndico perca registro profissional

Por volta das 8h desta sexta, 25, a petição já contava com 374 assinaturas. Não há um número mínimo exigido para o documento ser protocolado

Redação Jornal de Brasília

25/03/2022 8h28

Nesta quinta-feira, 24, a defesa do síndico que foi agredido pelo professor de artes marciais em um condomínio de Águas Claras (DF) abriu uma petição pública para solicitar que o personal tenha sua licença profissional revogada.

O pedido é assinado por Edson Alexandre, advogado do síndico Wahby Khalil, 42, e foi redigido depois que síndicos da região se manifestaram em frente ao condomínio onde os envolvidos moram, na última segunda-feira, 21. Por volta das 8h30 desta sexta-feira, 25, o abaixo-assinado já contava com 374 assinaturas.

A defesa do síndico Wahby Khalil, 42, agredido no prédio em que mora pelo professor de artes marciais Henrique Paulo Sampaio Campos, 49, por causa de uma discussão envolvendo um saco de boxe na academia coletiva do condomínio, abriu hoje uma petição pública pedindo que a licença profissional do educador físico seja revogada.

Destinada à presidente do CREF (Conselho Regional de Educação Física), Nicole Christine, a petição relata que a violência cometida pelo profissional Henrique Paulo Sampaio Campos, 49, foi “por motivo fútil”, ressalta que o síndico ficou internado e também cita alguns trechos do estatuto da categoria para solicitar duas sanções contra Henrique: a censura pública e o cancelamento do seu registro profissional.

Conforme informou o advogado da vítima, o objetivo é que as assinaturas sejam recolhidas ao longo de vinte dias e entregues logo em seguida ao CREF.

Não há um número minímo de assinantes para que o documento seja protocolado.

A defesa de Henrique afirmou que não se posicionará sobre o assunto.

Relembre

No dia 17 de março, o síndico Whaby Abdel Khalil foi agredido por um dos moradores do prédio em que reside durante um desentendimento acerca de um saco de boxe instalado na academia coletiva do condomínio.

Através de câmeras de segurança, a agressão foi registrada. Nas imagens, a vítima, o agressor e outro funcionário do prédio conversam, no entanto, em determinado momento o professor ameaça partir para cima do síndico. Pouco depois, o homem dá um soco no rosto do administrador do residencial, que cai no chão e bate a cabeça.

O outro presente tenta intervir, porém, depois de supostamente ser ameaçado por Henrique, sai do local. O professor de artes marciais, exaltado, segue falando e gesticulando para a vítima, que demora para conseguir levantar-se novamente.

Outros moradores socorreram o síndico, que procurou a 21ª Delegacia de Polícia, em Taguatinga (DF), para fazer o boletim de ocorrência contra o agressor.

O caso é investigado pela Polícia Civil.

Khalil informou, à delegacia, que o morador instalou há um ano o saco de boxe na academia coletiva. Entretanto, no início de março foram identificadas rachaduras no teto, e, no dia da agressão, o homem foi informado que seria preciso retirar o aparelho.

“Fui informar ao morador que estávamos recebendo reclamações de outros moradores por causa das rachaduras e, por isso, seria necessário retirar o saco de boxe e levar o caso à assembleia. Ele não gostou, tentei justificar e fui surpreendido com o soco. Foi tão forte que fiquei desacordado”, disse em entrevista a UOL.

A vítima foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) e em seguida para um hospital. Khalil foi diagnosticado com uma hemorragia no cérebro. Ele deixou a UTI do hospital na segunda-feira, 21, e já teve alta da unidade.

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