A rede de lojas Riachuelo ganhou a atenção da internet, porém de um modo negativo. Internautas criticaram a empresa por lançar roupas que, segundo internautas, são similares aos uniformes usados pelos prisioneiros judeus nos campos de concentração durante a 2ª Guerra Mundial.
O conjunto composto por camisa e calça listrados, com cores azul e branca, fizeram com que os consumidores afirmassem que os estilistas “faltaram às aulas de história”. A especialista em cultura material e consumo, semiótica psicanalítica da USP, Maria Eugênya, foi uma das que criticou.
Essa não é a primeira polêmica envolvendo uma marca de roupa. Em 2018, a Lança Perfume, de Criciúma, no Sul do Brasil, recebeu críticas após o lançamento de uma coleção que fazia referência ao nazismo, que se chamava “Uma noite em Berlim”. Após inúmeras críticas, a marca negou essa relação e declarou “epudiar o nazismo e o fascismo em todas suas dimensões.”
Aula básica de história
O holocausto vitimou mais de seis milhões de pessoas – a maioria judeus. O regime imposto por Adolf Hitler também pôs fim à vida de ciganos, homossexuais, testemunhas de Jeová, pessoas com diversos tipos de deficiência e opositores políticos. É considerado o maior crime da História da humanidade.
Nota à imprensa
“Nós, da Riachuelo, prezamos pelo respeito por todas as pessoas, e esclarecemos que, em nenhum momento, houve a intenção de fazer qualquer alusão a um período histórico que feriu os direitos humanos de tanta gente. A escolha do modelo das peças e da cartela de cores realmente foi uma infelicidade, e gostaríamos de reforçar que todas as peças já estão sendo retiradas das nossas lojas e e-commerce. Entendemos a sensibilidade do assunto, agradecemos o alerta trazido pelos nossos consumidores e pedimos desculpas a todas as pessoas que se sentiram ofendidas pelo que o produto possa ter representado.”