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Dia da Literatura Brasileira: especialista fala sobre a importância de livros clássicos

A data é uma homenagem ao escritor e político José de Alencar, que foi fundador do romance brasileiro

Redação Jornal de Brasília

01/05/2021 10h54

Foto: Agência Brasil

Em 1º de maio, comemora-se o Dia da Literatura Brasileira, data em que nasceu o escritor José de Alencar, considerado um dos mais importantes autores brasileiros. O escritor é responsável por um conjunto de obras que marcam a literatura brasileira, com enredos centrados em temáticas nacionais.

A data homenageia ainda toda a diversidade de autores e obras produzidas no país, reconhecendo títulos como: Senhora, de José de Alencar; Dom casmurro, de Machado de Assis; Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus; A hora da estrela, de Clarice Lispector como um elemento cultural fundamental para a construção identitária de uma nação.

A literatura brasileira sempre foi um fator de identidade nacional e, nesse contexto, se torna muito importante na formação do indivíduo como cidadão brasileiro, devendo ser ensinada ainda na infância. “ Estimulamos o gosto dos nossos alunos pela leitura brasileira trabalhando as obras canônicas, geralmente cobradas no PAS e no Enem.

Machado de Assis, José de Alencar, Casimiro de Abreu são grandes nomes da nossa literatura brasileira que trabalhamos com os alunos em sala de aula, promovendo seminários e debates para que os alunos possam se familiarizar com as obras”, explica Luiz Eloá, professor de literatura do colégio Objetivo DF.

A literatura brasileira oficial teve início com as obras escritas no Brasil pelos colonizadores portugueses. A primeira obra da literatura brasileira foi “A Carta de Pero Vaz de Caminha” (1450-1500), e em seguida, nossa literatura foi sendo construída por meio da assimilação de movimentos literários.

“Ter escritores clássicos brasileiros na bagagem é muito importante, para aqueles que desejam começar autores brasileiros, tem três indicações de obras, sendo elas: Memórias Póstumas de Brás Cubas, I Juca Pirama e Cobra Norato”, sugere Luiz.

Para celebrar a data, qual tal escolher um clássico e iniciar a leitura?

1- O Cortiço (1890), de Aluísio de Azevedo

A narrativa da história se desenvolve no cortiço São Romão, no Rio de Janeiro. O autor narra a vida miserável dos habitantes do cortiço e do proprietário explorador, o português João Romão, que não tem escrúpulos em sua jornada rumo à ascensão social e ao enriquecimento. A obra de Aluísio de Azevedo é classificada como um romance naturalista.

2- A Hora da Estrela (1977), Clarice Lispector

No romance intimista, a vida da migrante nordestina Macabéa é narrada por Rodrigo S.M. que, ao longo da história faz uma mediação entre os acontecimentos, os sentimentos de Macabéa e os seus próprios.

3- Grande Sertão: Veredas (1956), João Guimarães Rosa

Uma grande odisseia sertaneja. Grande Sertão: Veredas traz a cultura nordestina e as angústias do jagunço Riobaldo para as páginas. Em conflito consigo mesmo, Riobaldo tenta convencer o leitor e a ele próprio de que é inocente dos seus atos como jagunço, do amor que sente por Diadorim e do pacto que fez com o diabo.

4- Dom Casmurro (1899), Machado de Assis

Considerado pela crítica especializada como o terceiro romance da Trilogia Realista de Machado de Assis. Dom Casmurro é um relato em primeira pessoa de Bento Santiago sobre a sua própria vida. O leitor acompanha a sua infância, a vida no seminário, o romance com Capitu e as desconfianças e ciúmes que sente da mulher que ama desde criança.

5- Iracema (1865), José de Alencar

O segundo livro da trilogia indianista de José de Alencar é um romance clássico que retrata a história de amor entre a índia Iracema e o colonizador Martim. O livro simboliza a criação da terra do autor, o Ceará. Moacir, o filho do casal, seria o primeiro cearense e um fruto da miscigenação vivida no país desde aquele período. O livro representa ainda a dominação sofrida pela América diante da colonização europeia.

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