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Cinema

Cinema ao ar livre retorna à periferia do DF

Após um hiato de 20 anos, o Cinema Voador retoma exibições gratuitas de grandes títulos da cinematografia nacional

Redação Jornal de Brasília

25/05/2024 13h13

O Auto da Compadecida, com direção de Guel Arraes/ Divulgação

O Auto da Compadecida, com direção de Guel Arraes/ Divulgação

O período de estiagem já dá sinais. Com ele, vem chegando o frio, época certa para aproveitar os campos abertos do nosso quadradinho, que passam a ser ocupados por eventos gratuitos e democráticos. É nessa toada que o Novo Cinema Voador se alinha, ao projetar curtas e longas-metragens, adultos e infantis, em uma grande tela ao ar livre.

Neste retorno do projeto, consagrado na década de 1990 ao itinerar pelo DF levando cinema de qualidade às periferias, seu idealizador e curador, José Damata, comemora: “é uma satisfação voltar a levar momentos inesquecíveis de entretenimento e reflexão, contribuindo ativamente na sensibilização de novos públicos e na formação de plateias ao alcançar segmentos da população com acesso restrito à arte”, avalia.

Para um público de 500 pessoas por sessão, o Novo Cinema Voador aterrisa neste fim de semana, dias 25 e 26 de maio, na Praça da Bíblia, em Ceilândia, e na Praça do Berimbau, em Taguatinga, dias 1º e 2 de junho. Para garantir uma boa projeção para os seis títulos a serem exibidos, “contratamos um equipamento de altíssima qualidade”, garante Damata, “fundador do imaginário cinematográfico da cidade”, nas palavras da professora da UnB, Tânia Montoro.

A programação, sempre aos sábados e domingos, com início às 18h e término às 22h e que se repete nas duas cidades, tem na primeira noite o infantil “Tainá”, seguido pelo curta-metragem “O Último Raio de Sol”, e encerra com o longa “Meus Dois Amores”. Aos domingos, serão exibidos “A Dança dos Bonecos”, para o público infantil, o curta “O Balão Vermelho”, e se despede com “O Auto da Compadecida”.

Ao retomar suas atividades, “o Novo Cinema Voador dá sequência ao seu objetivo original de expandir o alcance do cinema nacional, importante seguimento da nossa extensa produção artística”, avalia Damata. O projeto é uma realização do Instituto Lumiart, com apoios da Bra.zil Arte e Cultura, do Ministério da Cultura e do Governo Federal – União e Reconstrução.

Programação:

Praça da Bíblia (Setor P, QNP 19 em Ceilândia)

Sábado (25/5)
 Às 18h, Tainá (livre); às 19h30, O Último Raio de Sol (livre); às 20h, Meus Dois Amores (12 anos), sessão com audiodescrição.

Domingo (26/5)
Às 18h, A Dança dos Bonecos (livre); às 19h30, O Balão Vermelho (livre); às 20h; O Auto da Compadecida (livre).

Praça do Berimbau (Nova QNL 19, em Taguatinga)

Sábado (1º/6) 
Às 18h, Tainá (livre); às 19h30, O Último Raio de Sol (livre); às 20h, Meus Dois Amores (12 anos), sessão com audiodescrição.

Domingo (2/6)
Às 18h, A Dança dos Bonecos (livre); às 19h30, O Balão Vermelho (livre); às 20h, O Auto da Compadecida (livre).

Sinopses e trailers:

Tainá (91min) – o longa infantil de 2001, com direção de Tânia Lamarca e Sergio Bloch, conta a história de Tainá, uma menina indígena de 8 anos, que vive na Amazônia com seu avô Tigê. Tainá e seu novo amigo, Joninho, garoto que foi morar na selva, enfrentam contrabandistas. Os dois aprendem a lidar com os valores da selva e da cidade.



O Último Raio de Sol (18min) – o curta de 2004, com direção de Bruno Torres, é uma livre adaptação de uma história real, em que dois jovens inconsequentes da alta classe econômica brasiliense faz uma viagem à Chapada dos Veadeiros, ameaçando pessoas pela estrada. O filme trata da impunidade, violência e preconceito.



Meus Dois Amores (1h26min) – é uma comédia brasileira de 2015, com direção de Luiz Henrique Rios. Baseada no conto Corpo Fechado, de Guimarães Rosa, a narrativa é sobre um vaqueiro apaixonado por sua noiva e por sua mula de estimação.



A Dança dos Bonecos (90min) – o filme infantil de 1986, dirigido por Helvecio Ratton, conta a história dos bonecos da menina Ritinha que se tornam vivos por beberem uma poção mágica da cachoeira de Beleléu, a cidade onde a pequena mora. Os bonecos são roubados e a menina vai em busca deles.



O Balão Vermelho (34min) – o curta francês de 1956, dirigido por Albert Lamorisse, quase não tem diálogos e conta a história do menino Pascal que um dia encontra um balão vermelho e começa a brincar com ele, quando percebe que este consegue pensar por si mesmo.



O Auto da Compadecida – a comédia brasileira de 2000, com direção de Guel Arraes, narra as estripulias de dois nordestinos, João Grilo, um sertanejo pobre e mentiroso, e Chicó, conhecido como um homem covarde.

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