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Bussy, o inovador

Ele impressionou plateias europeias com estilo diferentíssimo e que chegou até mesmo à Bossa Nova

Gustavo Mariani

23/08/2022 14h42

O Planeta Música está comemorando 160 viradas de calendário do nascimento do compositor francês Claude Debussy , o criador do que foi chamado por “impressionismo” na música. Alguns estudiosos, até enxergam a sua influência no piano da Bossa Nova.

Nascido pelas proximidades de Paris, a capital francesa, Debussy era filho de família pobre e sem intimidades com a música, o que apareceu em sua vida, por acaso, aos 7 de idade, quando uma tia dele ofereceu pagar-lhe aulas de piano. Sem nunca ter visto (ou escutado um som daquilo) ele foi para aquela aventura e, aos 11 de idade, já era aluno do respeitabilíssimo Conservatório de Paris, onde estudou por mais 11.

Garoto danado, Debussy venceu uma disputa ao piano, tocando Chopin e topando na alma de Magda Von Meck, a patrocinadora do russo Piotr Tchaikovsky. Mas só por volta de 1880 apresentou-lhe as suas primeiras composições. Em 1884, venceu concurso de composição e o prêmio foi estudos na Itália, onde conheceu o compositor alemão Richard Wagner, que o influenciou por algum tempo. Voltou à França e saiu desta vida autor de 227 peças, das quais Clair de Lune, de 1905, é a sua obra mais famosa.

Em 1914, durante a I Guerra Mundial, Debussy desinteressou-se pela música e só voltou a compor em 1917, quando escreveu o seu último trabalho, a Sonata para Violino e Piano L 140, que viria a ser, também, a última apresentação pública, em 1918, durante bombardeio da Alemanha a Paris. Seu legado vai de obras de piano solo até composições orquestrais.

Paris deve a Debussy tê-la voltado a ser, no Século 20, o maior centro do “planeta música”. O estilo que ele criou, o chamado “impressionismo musical”, trouxe timbres ricos e diferenciados na estrutura formal, mostrando negação harmônica tradicional e introduzindo ideia que aparecem constantemente no decorrer de uma obra, para associá-la a um personagem. Por ali, a sua pela mais conhecida é “Prélude à l’après-midi d’un faune”.

Debussy tem a sua criação dividida pelos seus biógrafos em três fases: 1 – até 1902, confrontando-se com a música de Wagner e de compositores franceses/russos de seu tempo, quando compões “Pélleas et Mélisande”, a sua única ópera; 2 – fase intermediária repleta de experimentações de timbres e desenvolvimento de técnicas tonais); 3 -seus últimos tempos de vida, quando compõe o mistério musical “O Martírio de São Sebastião” , o balé “Jeux” e as adaptações musicais “Trois poèmes de St. Mallarmé” – eterno Claude Debussy.

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