Menu
Brasília

Polícia Civil apura tráfico de influência no governo do DF

Arquivo Geral

07/08/2018 7h32

Foto: Myke Sena/Jornal de Brasilia/Cedoc

A Polícia Civil abriu nesta terça-feira (7) uma operação contra tráfico de influência e advocacia administrativa dentro do Governo do Distrito Federal. A Operação 12:26 cumpre 15 mandados de busca e apreensão na Casa Civil, na Administração Regional do Lago Norte e no escritório do Shopping Iguatemi, em São Paulo.

São apuradas irregularidades envolvendo pagamentos de dívidas ao hospital Home, mudança de destinação de uma área no Lago Norte para a construção do complexo de compras, além de fraudes em contratos da Casa Civil.

Um dos alvos da operação é o assessor especial da Casa Civil, Marcello Nóbrega. Ele era subsecretário de Administração Geral da Secretaria de Saúde quando as investigações começaram. Nóbrega também foi citado na CPI da Saúde, em 2015.

Leonardo Rocha, irmão do chefe de Gabinete da Casa Civil, Guilherme Rocha de Almeida Abreu, e o administrador do Lago Norte, Marcos Woortmann também são investigados.

A polícia ainda mira o ex-assessor do distrital Rodrigo Delmasso (PRB), Luiz Fernando Messina, e o funcionário do gabinete Hermano Gonçalves de Souza Carvalho. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) acompanha as buscas, que foram autorizadas pela 4ª Vara Criminal de Brasília.

Posicionamento

Em nota o Iguatemi Brasília disse que “todos os requerimentos inerentes aos planos de expansão do empreendimento foram devidamente protocolados atendendo aos trâmites legais”.

O deputado distrital Rodrigo Delmasso informou ao Jornal de Brasília que mandou exonerar o funcionário do gabinete Hermano Gonçalves após ter conhecimento do envolvimento dele. A orientação é que a publicação saia imediatamente no Diário da CLDF.

Luiz Fernando Messina, ex-assessor do parlamentar, já havia deixado a equipe. “Infelizmente não temos controle do que as pessoas fazem fora das dependências do trabalho. Fiquei perplexo, extremamente triste e abatido com as notícias. A gente contrata as pessoas pelo currículo, que não mostra possíveis condutas irregulares. Até então eles não tinham comigo propostas de atitudes erradas que não aceito e não concordo”, afirma.

Procurado, o Palácio do Buriti ainda não se pronunciou sobre o caso. A reportagem ainda não conseguiu contato com os demais  investigados.

Operação

O nome da operação é uma referência ao provérbio do Antigo Testamento 12:26: “O homem honesto é cauteloso em suas amizades, mas o caminho dos ímpios os leva a perder-se”.

 

 

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado