Menu
Brasília

Tradições religiosas acendem esperança neste Finados

Tendas para celebração de missas foram montadas para que os devotos católicos possam cumprir com as liturgias comuns ao calendário religioso

Vítor Mendonça

02/11/2021 13h59

Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

O Dia de Finados celebrado nesta terça-feira (2) é uma data religiosa de orientação católica, consagrada na cultura eclesiástica da Igreja. De acordo com a tradição, a data é celebrada como um dia dedicado a rezar por entes e amigos falecidos, sendo uma das formas de honrar a memória de quem já partiu.

Por esse motivo, nos cemitérios do Distrito Federal, tendas para a celebração de missas são montadas para que os devotos possam cumprir com as liturgias comuns ao calendário da crença. Neste ano não foi diferente e, no Campo da Esperança da Asa Sul, os fiéis contaram com cultos rápidos com mensagens de esperança.

Além disso, alguns presbíteros estavam à disposição da população para prestar ajuda religiosa no gramado de uma das áreas do cemitério e também em uma tenda fechada, usada como confessionário a quem quisesse prestar contas aos clérigos presentes ali.

O primeiro-tenente e padre da Polícia Militar do DF (PMDF), Jeferson dos Santos, deixou uma mensagem de conforto às famílias neste Dia de Finados. Segundo ele, é muito importante visitar o cemitério nesta data, em primeiro lugar para fazer as homenagens às pessoas que se foram e “fazer com que a saudade lateje menos no coração”.

“Mas ao mesmo tempo é importante vir ao cemitério para que nunca nos esqueçamos de qual é o nosso destino final nesta Terra. E que nós encontraremos a Deus, se assim formos achados dignos”, afirmou. “Mas tenhamos fé, porque a Vida é maior do que a Morte. Deus abençoe a todos”, disse à reportagem.

A fim de auxiliar espiritualmente as famílias que estejam passando por momentos difíceis nesta visita ao cemitério, um grupo de quatro jovens da Renovação Carismática Católica do DF decidiu fazer um trabalho missionário de música no Campo da Esperança. Com o violão, quem lidera o trabalho neste feriado é Matheus de Jesus Ferreira, de 22 anos. Juntamente com ele, estão Maria Alice, Natália e Ana Carolina.

“Somos da comissão de missões do DF e temos esse costume de sair em visitas, principalmente em hospitais. Hoje nosso intuito no cemitério, neste dia que relembra o luto e muitas vezes traz tristeza, é trazer um conforto para esse povo, filhos de Deus, que vieram relembrar seus entes queridos. Lembramos da presença de Jesus Cristo, que deu a vida por nós e quer que fiquemos felizes pelo céu”, disse Matheus.

Devido ao trabalho feito, voluntariamente cantando às famílias e oferecendo palavras de consolo, Matheus afirma que muitos “agradecem bastante” pela solidariedade com o gesto musical. “Muitos perderam seus entes por conta da pandemia que estamos vivemos e alguns estão com o sentimento até bem recente no coração. Então elas ficam muito gratas por estarem recebendo esse conforto. Temos muita liberdade principalmente com nossos irmãos da Igreja Católica, são mensagens sobre o céu”, finalizou.

O refrão de uma das músicas levadas retrata o sentimento de esperança que os jovens tentam passar através da sonoridade do violão e das vozes unidas: “Concedei-me o convívio dos eleitos; Eu sonho com o céu a todo tempo”, diz a letra cantada.

Os cemitérios abriram os portões para as visitas típicas do Dia de Finados às 7h e devem mantê-los abertos até as 19h de hoje. Sob céu nublado nesta terça-feira (2), os cemitérios do DF recebem boa parte do público de 500 mil pessoas esperadas pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus/DF) hoje.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado