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Brasília

Sobe para 589 o número de presos envolvidas nos atos de vandalismo transferidas para presídios do DF

Deste total, 371 são homens e 218 são mulheres, enviados para a Papuda e Colméia. A Seape-DF divulgou uma lista com 277 nomes de presos

Tereza Neuberger

10/01/2023 18h54

Foto: Evaristo Sá/AFP

A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape/DF) informou no final da tarde desta terça-feira (09), que cerca de 589 pessoas envolvidas nos atos extremistas do último domingo (08) foram transferidas para os presídios do Distrito Federal. Deste total, 371 são homens e 218 são mulheres, que foram transferidos respectivamente para o Centro de Detenção Provisória II e para a Penitenciária Feminina do DF.

Em nota, a Secretaria informou ainda que a ação se deu em atendimento à determinação da Vara de Execuções Penais do DF. O Governo do Distrito Federal divulgou uma lista com 277 nomes de pessoas presas após os atos ocorridos no domingo (8) em Brasília. “Devido ao alto número de prisões, não é possível que as gerências de atendimento aos internos (Geaits) das unidades prisionais realizem comunicações individuais”, destacou à Secretaria. Eles acrescentaram ainda que a divulgação da lista tem o objetivo de possibilitar o acesso de familiares e advogados aos presos.

Um grupo de cerca de 1,2 mil pessoas foi levado para o Ginásio da Academia Nacional da Polícia Federal ontem (09), após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que ordenou que o acampamento no Quartel-General fosse desfeito.

Ao menos 30 manifestantes que estavam detidos no Ginásio da Academia Nacional da Polícia Federal foram transferidos, nesta terça-feira (10) para hospitais do Distrito Federal. Logo pela manhã, a PF liberou um total de 300 pessoas entre idosos, gestantes, pessoas com comorbidades e aqueles que acompanhavam crianças.

As manifestações começaram por volta das 15h de domingo. Os extremistas vandalizaram monumentos, entraram em gabinetes, depredaram obras de arte e quebraram vidraças. Ainda não foram confirmados indícios de que alguns objetos também tenham sido roubados. As forças de segurança conseguiram controlar os manifestantes, cerca de quatro horas após o início dos atos de depredação dos Três Poderes em Brasília.

O episódio rendeu a exoneração do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. Torres foi ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, e está de férias no exterior. E, em meio aos questionamentos sobre a atuação do governo Ibaneis frente aos atos de extremistas, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou o afastamento de Ibaneis Rocha do cargo de governador.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou intervenção federal na segurança do DF, e militares de outros Estados já embarcaram para a Capital Federal. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) recomendou o afastamento provisório do secretário de Segurança Pública em exercício, Fernando de Sousa Oliveira, e de três comandantes da Polícia Militar do DF (PMDF). As decisões foram tomadas para que se possa apurar os devidos envolvimentos e responsabilizar os envolvidos.

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