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Brasília

Raridade: Camarões são capturados no Lago Paranoá

Os crustáceos foram capturados por pescadores no sábado (15). Surgimento pode ter acontecido por conta da despoluição das águas

Redação Jornal de Brasília

18/10/2022 17h09

Lago Paranoá terá nova ponte, com investimento de cerca de R$ 3,8 bilhões; obra, que terá parceria com a iniciativa privada, contará com contribuições da população, por meio de consulta e audiência públicas. Foto: Divulgação/Semob

Gabriel de Sousa
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Um evento raro surpreendeu moradores da capital federal neste último final de semana. Na superfície do Lago Paranoá, pescadores capturaram diversos camarões com uma rede neste sábado (15). De acordo com especialistas na área da biologia marinha, o evento pode ter sido proporcionado por conta da despoluição das águas.

Devido à surpresa, os pescadores gravaram um vídeo onde é possível ver a presença de vários camarões dentro de uma rede de cor branca. Em tom de brincadeira, um pescador brincou: “Isso aqui na panela, meu irmão…”. Outros integrantes do grupo também se mostraram atônitos com o achado. “Esse já está grande, olha o tamanho aí. Não deixa ele ir embora não”, falavam os integrantes do grupo.

Os crustáceos são da espécie “camarão-canela”, mais conhecido também como “pitú”, “braço-forte” ou “zabumba”. O animal vive em águas doces, como a do Lago Paranoá. Nativos da região Centro-Oeste e do litoral brasileiro, estes camarões já viviam nos rios de Brasília muito tempo antes da construção da capital federal.

Porém, por conta da poluição no Paranoá, os camarões pararam de ser visualizados pelos brasilienses a partir da década de 1970, já que passaram a ter dificuldades de se reproduzir e povoar o lago.

Com o aparecimento raro, é possível acreditar que a despoluição das águas está permitindo o surgimento dos animais, já que alguns deles estão submergindo na superfície do Paranoá, como os que foram encontrados no último sábado (15).

Esta não é a primeira vez em que os moradores da capital avistaram os curiosos inquilinos do Paranoá. Em agosto de 2021, os frequentadores do lago filmaram uma colônia de camarões vivendo nas profundezas das águas, em cerca de 32 a 37 metros de fundura. A área não tinha a presença de correntezas e nem de incidência de luz.

Em uma nota enviada para a equipe de reportagem do Jornal de Brasília, o Instituto Brasil Ambiental (Ibram) informou que os camarões encontrados pelos pescadores são próprios para o consumo dos seres humanos. O Ibram também salientou que o grupo acabou cometendo uma infração, já que a pesca com rede é proibida pela legislação. Quem for visto cometendo o delito, pode responder por crime ambiental.

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