Menu
Brasília

Projeto de inclusão social a pessoas autistas pede apoio a população do DF para se manter de pé

O Instituto Você Nunca Andará Sozinho, em Samambaia, atende cerca de 400 pessoas entre crianças, jovens e adultos que possuem deficiência

Redação Jornal de Brasília

25/07/2022 16h52

Marcos Nailton
[email protected]

O Instituto Você Nunca Andará Sozinho, localizado em Samambaia-DF, é um projeto social sem fins lucrativos voltado para ajudar famílias em situação de vulnerabilidade ou exclusão social que convivem diariamente com um membro que possui deficiência. A instituição ganhou um novo espaço na quadra QS 103 conjunto 5, onde funcionava o antigo imaginário cultural da cidade, porém o local precisa de reformas para voltar a funcionar.

A mudança de localidade se deve pois a fundadora do instituto, Eliane Nuvem, fez uma solicitação a administração da cidade para a utilização do espaço, que está completamente abandonado e era ponto de tráfico de drogas. A organização está em atividade atendendo cerca de 400 pessoas, entre crianças, jovens e adultos na QR 114. Porém, no local onde funciona atualmente é pago um aluguel mensal, que acaba pressionando as finanças para manter a estrutura que vive de doações solidárias.

A organização se dedica a promover ações de proteção, de acolhimento e acompanhamento de pessoas com deficiência a fim de criar uma melhor e mais inclusiva condição de vida, por meio do diagnóstico da comunidade local. É realizado o atendimento a pessoas que possuem o Transtorno do Espectro Autista, a Síndrome de Down, o Transtorno desafiador de oposição (TOD), Deficiência Intelectual (DI), entre outros.

O instituto conta com o apoio de 24 terapeutas, todos voluntários. O projeto oferece diversos atendimentos aos sábados das 8h às 18h, como acompanhamento com psicólogo, pedagogo, psicopedagogo, nutricionista, fonoaudiólogo, terapia ocupacional e de assistência social às famílias.

A fundadora da organização, Eliane Nuvem, é mãe de um filho autista, o Lucas Vinícius, de 16 anos. Ela contou ao Jornal de Brasília que apesar do seu filho Lucas possuir limitações, no instituto ele possui acompanhamento com diversos profissionais que o ajudam diariamente.

“Todo autista tem suas limitações, cada um é de uma forma. O meu filho, por exemplo, não gosta muito de relacionamento, mas desenvolve todas as suas atividades perfeitamente. Ele faz muita terapia, acompanhamento com fonoaudióloga, psicóloga, psicopedagoga, entre outras atividades”, contou.

Eliane Nuvem, contou que pretende inaugurar a nova sede no começo de outubro, mas pede apoio para que reformas iniciais sejam feitas. “Olha como o muro é baixinho, […] Inicialmente a gente precisa de tijolo, materiais de construção em geral, para aumentarmos o tamanho do muro que cerca o local, pois ele é muito baixo. A gente precisa de todo tipo de ajuda. Como roupas, alimentos, cestas básicas, materiais pedagógicos, tudo é bem-vindo”, disse.

O espaço atualmente possui uma estrutura que está deteriorada com o tempo, na entrada, um portão improvisado feito com madeira é o que garante o trancamento, mas devido a altura dos muros, qualquer pessoa pode pular facilmente. Eliane Nuvem informou ao JBr que a administração de Samambaia está apoiando como pode, e chegou a oferecer a mão-de-obra para a realização da reforma. O processo para ativação do instituto ainda é longo. O cabeamento de energia elétrica está ultrapassado, além do chão no local não possuir piso e ser de terra aos arredores.

Como ajudar o projeto

De acordo com Eliane Nuvem, toda ajuda ao instituto é bem-vinda. As doações e o apoio podem ser feitas pessoalmente, na QR 114 conjunto 3 casa 10 Samambaia-DF, próximo a estação de metrô Samambaia Sul. Para contato e mais informações, o telefone do Instituto Você Nunca Andará Sozinho é o (61) 993122845. Para contato diretamente com a Eliane Nuvem, o número é o (61) 984227550 (ligação e whatsapp). Para ajuda financeira, a chave PIX da instituição é o CNPJ 40.115.182/001-60.

“O instituto é fundamental para essas pessoas, a gente luta por superação e não por limitação. Luta junto com os pais, com a família da pessoa da deficiência a não desistir e sim a lutar. Com o objetivo de alcançar as crianças especiais a ter uma vida melhor, fazendo suas terapias e sendo aceitas na sociedade”, contou Eliane Nuvem.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado