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Brasília

Professora diz que, em muitos casos, mulher é culpada por estupro

“Por que a mulher tem que ficar provocando o coitadinho do homem?”, declarou a professora do colégio Adventista de Abadiânia-GO

Redação Jornal de Brasília

06/11/2020 8h57

Durante uma aula online na última quarta-feira (4), dia em que a internet tinha como assunto mais comentado o caso Mariana Ferrer, uma professora do Colégio Adventista do Instituto Adventista Brasil Central (IABC), em Abadiânia, deu uma declaração sobre abuso sexual aos alunos. A docente disse que “em muitas das vezes, a mulher é culpada pelo estupro”.

“Em muitas das vezes, a mulher é culpada pelo estupro, de alguma coisa nesse sentido. (…) Por que a mulher tem que ficar provocando o coitadinho do homem?”, declarou a professora, que dava aula a alunos de 8º ano.

A professora seguiu atribuindo à vítima a culpa de um abuso sexual:

“Pode colocar um shortinho, um biquíni na praia. Agora você vai andar pelada na rua, chamando atenção dos homens? Se o homem olha, você ainda vai falar: ‘Ele é um tarado’.”

Após o episódio, o colégio adventista emitiu nota declarando que afastou a funcionária. A instituição também afirmou que não compactua com a opinião pessoal da professora e de nenhum dos seus funcionários que venham atribuir à vítima a culpa por uma ação criminosa. Veja a nota na íntegra:

O Instituto Adventista Brasil Central (IABC) não compactua com qualquer opinião de cunho pessoal de seus funcionários que atribua à vítima culpa por ação criminosa. A instituição reforça, ainda, que todo ato de violência física, verbal e/ou sexual deve ser punido nos termos da legislação brasileira, e lamenta profundamente o ocorrido na manhã desta quarta-feira, 4, em uma das salas de aula do colégio. As medidas necessárias já foram tomadas e a funcionária em questão foi afastada de suas funções.

A professora não teve o nome revelado.

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