Por conta da complexidade e do caráter histórico do espaço, a obra de restauro do Teatro Nacional Claudio Santoro foi dividida em etapas. A Sala Martins Pena e seu respectivo foyer foram escolhidos como a primeira fase da reforma. Mas não são as únicas frentes de trabalho do serviço, que começou em dezembro de 2022. Seria impossível para o Governo do Distrito Federal (GDF) iniciar a recuperação do equipamento público sem considerar as instalações de infraestrutura.
“Quando separamos o projeto em etapas foi para que o trabalho pudesse ser feito de forma independente, equalizando o valor de orçamento. A única exigência é que fosse iniciado pela Sala Martins Pena porque era a etapa que previa as instalações de estrutura, essencial para as outras etapas”, explica Antonela Solé, diretora executiva da Solé Associados, empresa responsável pelo novo projeto do Teatro Nacional Claudio Santoro.
As intervenções foram previstas no projeto de forma a serem preparadas para contemplar as outras três etapas que incluem a Sala Villa-Lobos, o Espaço Dercy Gonçalves, a Sala Alberto Nepomuceno e o anexo.
“Apesar de o foco da primeira etapa ser a Sala Martins e o foyer, tivemos um avanço em outras áreas na parte de instalações. Fomos executando algo que contemplasse a infraestrutura para as próximas etapas. Vamos concluir a Martins Pena possibilitando a reabertura da sala e também deixando as instalações para as outras áreas avançadas”, afirma a engenheira da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e fiscal da obra, Daiana de Andrade.
Foram renovadas as instalações elétrica, hidráulica e de águas pluviais, com a implementação de registros e itens de interação com os outros ambientes, onde será preciso só dar continuidade conforme o andamento da obra. As mudanças eram necessárias, inclusive, para que o teatro passasse a cumprir as normas de segurança e de combate à incêndio.
Os sistemas de ar-condicionado, de exaustão de ar, de incêndio, de água gelada e de abastecimento de energia também contemplam todo o teatro. O reservatório de incêndio, por exemplo, conta com uma estrutura subterrânea de 202 metros quadrados em concreto com capacidade para 350 mil litros de água, capaz de atender todo o complexo cultural em situações de emergência. Já a sala de geradores foi construída para receber cinco equipamentos, dois deles já estão instalados.
“Essa parte de instalações é uma etapa da obra que as pessoas não veem. Mas estamos fazendo já pensando nas outras etapas”, diz a engenheira. “Todo o equipamento bruto maior estamos fazendo nessa parte. Vamos dar continuidade nas outras etapas só com as instalações menores de infraestrutura”, complementa.
Estão sendo investidos pelo GDF cerca de R$ 70 milhões na primeira etapa da reforma. A parte de infraestrutura está totalmente completa. Agora, as frentes de trabalho estão ligadas aos testes dos sistemas e serviços de acabamento, como pintura, implementação de pisos, revestimentos, louças, mármores e granitos, instalação de mobílias e retoques.
Com informações da Agência Brasília