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Brasília

PPP da Rodoviária volta a ser debatido na CLDF

O deputado Iolando (MDB), por exemplo, que é vice-líder de Governo, e é favorável à matéria, avalia que o texto já estará pronto para votação na próxima semana

Mayra Dias

06/12/2023 17h45

Foto por Maria Eduarda Fava

De portas fechadas, deputados distritais se reuniram, nesta quarta-feira (6), com o secretário de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (Semob), Flávio Murilo Prates, para tratar da concessão da Rodoviária do Plano Piloto à iniciativa privada. Durante a conversa, que levou quase 3 horas, o titular da pasta apresentou dados referentes à implementação do projeto e debateu com os parlamentares pontos da proposta (PL nº 2260/2021).O projeto, que já gerou inúmeras discussões, ainda está em tramitação na Casa e precisa passar por duas comissões antes de ir à plenário: a Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana (CTMU) e pela Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle (CFGTC). No entanto, após o encontro desta quarta, alguns deputados saíram esperançosos com a proposta.

O deputado Iolando (MDB), por exemplo, que é vice-líder de Governo, e é favorável à matéria, avalia que o texto já estará pronto para votação na próxima semana. “Nós entendemos que é um projeto que fará o governo ter lucro. A gente vem acompanhando os investimentos que o poder público vem fazendo ao longo do tempo com resultados insatisfatórios e uma despesa altíssima. A gente quer sanar essa questão. Com a concessão, o governo terá um lucro de mais de R$ 1,8 milhão por mês ao invés de estar gastando R$ 27 milhões”, argumentou.

A presidente da CFGT, Paula Belmonte (Cidadania) comentou, após o encontro com o secretário, que alguns termos da proposta ainda precisam de melhor esclarecimento pelo GDF. Dentre eles, a deputada cita o que se refere à acostagem – taxa a ser cobrada cada vez que um ônibus parar no local – e à garantia para que os permissionários possam continuar com suas atividades. “Se eles [Semob] mostrarem os números, mudarem os termos que nós estamos sugerindo, como a garantia dos permissionários e clareza nos números de acostagem, caso a gente entenda que a proposta seja benéfica para a população, a gente pode fazer uma força-tarefa [para aprovação]. Mas é imprescindível que os números sejam transparentes”, acrescentou a distrital.

Na avaliação do presidente da CTMU, deputado Max Maciel (PSOL), a reunião com o secretário mostrou que a proposta não está pronta para ser votada e carece de mais estudos. “Ainda há muita divergência nas informações disponibilizadas pelo governo e até mesmo no que foi apresentado aqui hoje”, pontuou. “Nossa proposta, enquanto oposição, é que não há urgência de votar o PL, não está maduro o suficiente”, declarou Maciel.

O secretário da SEMOB não quis dar detalhes do que foi apresentado na reunião.

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