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Brasília

PCDF prende último foragido da operação Payback

300 pessoas estão sendo investigadas por fraude bancária de R$ 2,6 milhões no DF. As investigações seguem com objetivo de identificar os suspeitos que fazem parte de associação criminosa

Redação Jornal de Brasília

09/06/2022 20h12

Foto: PM/SE/Arquivo

Por Tereza Neuberger
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), prendeu nesta quarta-feira (08), foragido da região do Recanto das Emas que possuía mandado de prisão no âmbito da operação Payback. Dos 26 mandados de prisão no decorrer da operação, apenas um não havia sido cumprido. O foragido se entregou após negociações entre a PCDF e sua advogada totalizando o cumprimento dos 26 mandados de prisões temporárias.

De acordo com o delegado Dário Freitas, da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) há no Distrito Federal um total de 300 investigados pela operação bancária fraudulenta revelada no âmbito da operação Payback coordenada pela DRCC. As investigações seguem com o objetivo de identificar entre esses 300 investigados aqueles que fazem parte de associação criminosa. “ Vale ressaltar que as investigações continuam e os indivíduos que se beneficiaram com a fraude podem ser alvos de mandados de busca ou prisões.” destaca o delegado.

A primeira fase da operação foi deflagrada pela PCDF, em conjunto com o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), no dia 19 de maio e a segunda fase foi deflagrada há sete dias. Entre a primeira e a segunda fase os policiais cumpriram 65 mandados judiciais, sendo 39 mandados de busca e apreensão e 26 mandados de prisão temporária.

O valor total da fraude está estimado em, aproximadamente, R$ 2,6 milhões, apenas no Distrito Federal. De acordo com as investigações, os investigados aplicavam o golpe a partir da manipulação do aplicativo “internet mobile” de uma instituição financeira. O aplicativo do banco em questão funcionou durante um período com um erro, permitindo que ao cancelar um agendamento de Pix o valor que seria transferido retornava ao cliente. O erro permitiu que, a partir do download daquela versão do aplicativo, clientes do banco ganhassem créditos indevidamente. Os valores eram transferidos para contas diversas ou utilizados para pagamento de boletos.

“Pelo então apurado, as condutas indicam a prática do crime de furto mediante fraude eletrônica, com pena de quatro a oito anos de reclusão e, possivelmente, de associação criminosa, com pena de um a três anos de reclusão.”, ressalta Dário Freitas.

Os indivíduos foram ouvidos formalmente, alguns confessaram a prática criminosa, esclarecendo alguns pontos importantes para continuidade das investigações. “Ressalte-se que os indivíduos investigados estão voluntariamente realizando a devolução dos valores obtidos ilicitamente da instituição financeira.” afirma o delegado. A devolução é um meio pelo qual os investigados conseguem uma redução das penalidades aplicadas em cada caso. Dessa forma, a especializada solicita que os envolvidos na fraude procurem a polícia para prestarem declarações e, na ocasião, realizarem a devolução dos valores obtidos com a fraude.

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