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Brasília

PCDF investiga grupo suspeito de se passar por escritórios de advogacia para aplicar golpes em idoso

Os estelionatários se passam habilmente por representantes de proeminentes bancas advocatícias e lançam mensagens via WhatsApp para os clientes, solicitando transferências monetárias

João Victor Rodrigues

28/08/2023 7h23

Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) está conduzindo uma investigação sobre um grupo de indivíduos especializados em praticar golpes contra renomados escritórios de advocacia que estão envolvidos em ações coletivas, especialmente aquelas relacionadas a entidades sindicais.

O escritório Mota & Associados, que se tornou alvo dessa ação fraudulenta, passou a receber comunicações de um grande número de seus clientes, os quais figuram como beneficiários em ações coletivas de grande escala, envolvendo milhares de indivíduos. Uma parcela significativa desses clientes é composta por idosos, que muitas vezes têm dificuldade em discernir a natureza fraudulenta das mensagens que chegam por meio do aplicativo.

Os golpistas demonstram grande atenção aos detalhes, inclusive copiando o logotipo do escritório, obtendo acesso ao número real do processo no qual a vítima está envolvida, bem como a totalidade dos dados pessoais do idoso em questão. “Tendo montado todo o cenário, eles entram em contato com as vítimas, se passando por advogados do escritório, e solicitam um depósito de R$ 2 mil como condição para supostamente liberar os fundos relativos à ação à qual o idoso tem direito”, esclareceu Mariana Prado, advogada e sócia do escritório.

Os advogados representantes do escritório identificaram ao menos um idoso que faz parte de uma ação coletiva vinculada a uma entidade sindical e que acabou realizando uma transferência bancária para contas utilizadas pelos estelionatários. “Estamos em processo de contato com todos os clientes possíveis, alertando-os a não efetuarem pagamentos com o intuito de receberem quaisquer formas de indenização. Isso é claramente um golpe”, enfatizou a advogada.

De acordo com Mariana Prado, os criminosos chegaram a entrar em contato com clientes residentes em São Paulo que possuem interesse em ações em trâmite no estado. “No que diz respeito ao nosso escritório, esse esquema fraudulento tem potencial para afetar até oito mil indivíduos. Em razão disso, estamos adotando todas as medidas possíveis para evitar que mais clientes sejam prejudicados. A Polícia Civil do Distrito Federal foi notificada, e já formalizamos o registro da ocorrência”, acrescentou.

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