A Polícia Civil (PCDF) e o Ministério Público (MPDFT) realizam nesta quarta-feira (10) a operação Rafflesia. Trata-se de uma ação que investiga desvios nas receitas de publicidade no transporte público da capital — mais precisamente nos espaços destinados a anúncios em ônibus.
São cumpridos 16 mandados de busca e apreensão nas regiões de Lago Sul, Park Way, Sudoeste, Cruzeiro, Águas Claras e Recanto das Emas. O objetivo é colher informações para dar prosseguimento às apurações.
Segundo as investigações, as agências não estariam fazendo os repasses corretos à Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob). Por lei, a pasta tem de receber um percentual dos valores cobrados pela publicidade nos coletivos.
Desta forma, as empresas de publicidade estariam lucrando mais do que deveriam e gerando um prejuízo aos cofres públicos do DF. Estima-se que cerca de R$ 1 milhão deixou de ser repassado.
Empresas-fantasma
As investigações apontam ainda a suspeita de empresas-fantasma nos contratos firmados junto à Semob. Das 11 agências publicitárias que têm acordo com a pasta, comprovou-se a existência real de somente três delas.
Os investigados poderão responder pelos crimes de estelionato contra a Administração Pública, falsificação de documento e associação criminosa.