Menu
Brasília

PCDF desmantela organização criminosa que se passava por agência de modelos para aplicar golpes em mulheres

A organização tinha como alvo mulheres jovens, com idades entre 18 e 30 anos

Redação Jornal de Brasília

14/03/2024 7h05

Foto: Criado por IA

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desarticulou uma organização criminosa que se passava por uma agência de modelos, durante as primeiras horas desta quinta-feira (14). O grupo almejava modelos e influenciadoras digitais através das redes sociais, oferecendo contratos para produção de conteúdo erótico em troca de cachês supostamente milionários. No entanto, as vítimas eram submetidas à extorsão e ameaças.

As modelos eram pressionadas sob a ameaça de terem seus vídeos e fotos íntimas divulgados nas redes sociais. Diante das ameaças, as vítimas eram coagidas a realizar pagamentos via Pix para contas laranjas fornecidas pela organização criminosa.

Segundo as investigações conduzidas pela 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia) no âmbito da Operação Trap, a organização tinha como alvo mulheres jovens, com idades entre 18 e 30 anos, que fossem ativas nas redes sociais. Após a seleção da vítima, um membro do grupo criminoso utilizava um perfil falso no Instagram, se passando pelo dono de uma agência de modelos, alegando que a mulher se encaixava no perfil procurado pela agência.

Para conquistar a confiança das vítimas, o criminoso estabelecia um diálogo, compartilhando cópias de documentos e fotos e vídeos de conteúdo íntimo. Posteriormente, as mulheres eram induzidas a enviar fotos e vídeos nus, sempre com a promessa de uma carreira de modelo lucrativa e a obtenção de cachês generosos.

Como parte do engano, o golpista enviava prints de extratos bancários com saldos milionários, alegando que esses valores eram provenientes de trabalhos como modelo, especialmente em videochamadas.

Posteriormente, o membro do grupo, utilizando o perfil falso da representante da agência de modelos, informava às vítimas que um cliente estava interessado nelas e estava disposto a pagar uma quantia considerável, na casa das centenas de milhares de dólares, para que realizassem seus desejos em uma videochamada pelo Facebook.

Durante a videochamada, o suposto “cliente” alegava que não efetuaria o pagamento, alegando que as vítimas não haviam cumprido suas diretrizes. Geralmente, as vítimas entravam em contato com a suposta agenciadora, que prometia resolver a situação com o cliente.

Dias depois, as vítimas eram contatadas por outro membro do grupo criminoso, por meio de outro perfil falso no Instagram. As vítimas passavam a receber os vídeos que haviam enviado para a suposta dona da agência de modelos ou que haviam sido gravados pelos supostos “clientes” durante as videochamadas.

Aterrorizadas, as vítimas procuravam o primeiro perfil, supostamente pertencente à proprietária da agência de modelos, quando eram informadas de que a proprietária havia sido vítima de um assalto, perdendo seus aparelhos celulares contendo fotos e vídeos das modelos da agência.

Além disso, as vítimas eram informadas de que a suposta agenciadora havia negociado com o assaltante para evitar a divulgação dos vídeos das “modelos” da agência. No entanto, para garantir essa não divulgação, as vítimas deveriam entrar em contato com um perfil no Instagram fornecido pela golpista. A instrução era clara: as vítimas deveriam pagar uma quantia específica conforme as orientações do proprietário desse perfil.

A PCDF identificou vítimas em diversas regiões do país, incluindo Goiás, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Como resultado da investigação, foram realizados sete mandados de busca e apreensão em Ceilândia, Gama, Jaboatão dos Guararapes (PE), São Paulo e São José do Rio Preto (SP).

 

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado