A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (3), a Operação Meridio, visando o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão.
No final de 2022, uma investigação foi iniciada após uma denúncia de que um servidor comissionado no Governo do Distrito Federal estava utilizando sua posição para indicar pessoas de seu interesse para outros cargos comissionados, em troca de parte de seus salários, um esquema conhecido como “rachadinha”.
A investigação revelou, que, cerca de oito pessoas foram indicadas pelo investigado para cargos comissionados, incluindo seu filho e sua empregada doméstica, que supostamente eram “funcionários fantasmas”, que não compareciam aos seus locais de trabalho. Além disso, outros nomeados supostamente recebiam instruções para não cumprir integralmente suas jornadas.
O investigado, como forma de ocultar a origem ilícita dos repasses de salários, recebia os valores por meio de uma conta bancária de uma empresa que ele é o dono de fato.
As buscas estão sendo realizadas nas residências dos investigados, na empresa utilizada para movimentação dos valores ilícitos e nos órgãos onde os investigados supostamente trabalham, com o objetivo de reunir elementos probatórios para concluir o inquérito em andamento, identificar outros envolvidos e apreender bens e valores para ressarcir os cofres públicos.
Os suspeitos estão sendo investigados por possíveis crimes de concussão, estelionato contra a Administração Pública e lavagem de bens, direitos e valores, e, se condenados, podem pegar até 27 anos de prisão.
A operação, chamada de “compartilhar” em grego, faz referência à prática dos investigados de dividir o salário dos nomeados. Cerca de 40 policiais do Departamento de Combate à Corrupção da Polícia Civil do Distrito Federal participaram da operação.
