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Brasília

PCDF deflagra 2ª fase da Operação Sistema

Na operação, foram apreendidos inúmeros documentos, bens de luxo como relógios da marca Rolex e quatro veículos

Redação Jornal de Brasília

25/10/2022 10h12

Foto: Divulgação/PC

Na tarde de segunda-feira, 24, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Coordenação de Repressão às Drogas, deflagrou a 2ª fase da Operação Sistema. Na operação, foram apreendidos inúmeros documentos, bens de luxo como relógios da marca Rolex e quatro veículos. Também foram bloqueadas 14 contas bancárias.

Foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão domiciliar expedidos pela Justiça do DF para o Distrito Federal (Águas Claras, Samambaia e Planaltina) e para os estados de Pernambuco (Recife), Mato Grosso (Mirassol D’Oeste), Mato Grosso do Sul (Ponta Porã) e Rondônia (Porto Velho).

Durante a ação foi constatada, de fato, a utilização de laranjas em grande esquema de lavagem de dinheiro do crime organizado, em especial do tráfico de drogas.

Investigação

Na primeira fase da Operação Sistema, em maio de 2022, foram presos vários integrantes de uma organização criminosa responsável por grande parte do tráfico de cocaína do Distrito Federal.

Entre as duas fases foi desenvolvida uma minuciosa investigação para apurar a prática dos crimes de tráfico de drogas, associação para o mesmo fim e lavagem de dinheiro.

Com o aprofundamento das investigações foram identificados outros integrantes da mesma organização criminosa — moradores de Samambaia — responsáveis pela lavagem de dinheiro.

A lavagem ocorria por depósitos milionários (cerca de R$ 2 milhões) para empresas fantasmas do Estado de Minas Gerais, além de serem identificadas diversas empresas utilizadas na “lavagem de dinheiro” e ocultação de bens e valores provenientes do tráfico de drogas.

Duas dessas empresas foram constituídas no Distrito Federal e identificadas como fantasmas. Ambas receberam milhões de reais do crime organizado e realizaram transações financeiras entre si para tentar fugir da fiscalização.

A investigação financeira identificou incompatibilidades nas movimentações financeiras quando comparadas com a suposta atividade empresarial declarada pelas pessoas jurídicas. Uma dessas empresas tem como sócio um morador de rua.

As informações reunidas nesta investigação indicam que essas empresas foram constituídas no Distrito Federal, como parte de um gigantesco esquema de lavagem de dinheiro, cujo único objetivo foi receber dinheiro do crime organizado, em especial do narcotráfico.

As investigações indicaram que em poucos meses, uma delas recebeu transferências milionárias de empresas fantasmas do tráfico, sendo que a maioria dos recursos foi destinado para a outra empresa fantasma. Também em curto período, ambos os investigados por trás das empresas realizaram operações entre si.

Ambas as empresas movimentaram milhões de reais. O valor exato ainda está em apuração, por envolver muitas pessoas investigadas.

A PCDF informa que as investigações continuam para análise dos documentos apreendidos e apuração de envolvimento de outras investigados.

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